Eu vi o caixão da rainha Elizabeth II

O professor e escritor inglês Damian Platt passou onze horas na fila diante do Palácio de Westminster, em Londres, para ver o féretro de Elizabeth II. Em um diário publicado na piauí de outubro, ele conta sobre o impacto da morte da rainha entre os londrinos e o significado que ela tinha para os britânicos em geral.

O corpo da rainha foi da Escócia, onde ela morreu, para Londres. Depois de uma noite no Palácio de Buckingham, uma procissão liderada pelo rei Charles iii levou o caixão ao Palácio de Westminster, onde funcionam as duas câmaras do Parlamento britânico. Na véspera da abertura à visitação, a fila já tinha 8 km de extensão e crescia a cada momento. A revista The Spectator escreveu que “a fila, tanto quanto a monarca, está sendo considerada um símbolo da personalidade britânica: bem organizada, calma e não necessariamente fácil de explicar”.

Damian Platt e sua mulher chegaram ao final da fila pouco depois de seis da manhã. Às 15h30, eles entraram no jardim de Westminster. Dentro do palácio, o caixão da rainha estava exposto em uma sala enorme, sobre um pedestal roxo e envolto pelo estandarte real. Em cima do esquife, a coroa, um orbe e um cetro, ambos cravejados de pedras preciosas. O momento de olhar o caixão não durou mais do que quinze segundos.

Enquanto a rainha era velada, Jair Bolsonaro falava a apoiadores da sacada da Embaixada do Brasil, no Centro de Londres. Nenhuma estação de tevê local prestou atenção ao presidente brasileiro, mas alguns jornais comentaram sua performance. O jornal Evening Standard, de Londres, escreveu: “Jair Bolsonaro usa o convite para o funeral da rainha com o objetivo de expressar seu choque com os preços dos combustíveis em Londres.”

O assinante da piauí pode ler a íntegra do diário aqui.