minha conta a revista fazer logout faça seu login assinaturas a revista
piauí jogos

    Da esq. à dir., Paulo Pederneiras, Carmen Purri, Fernando de Castro, Cristina Castilho, Déa Márcia de Souza, Rodrigo Pederneiras, do Corpo, em Milão, em 1979: “Aqui nunca teve primeiro bailarino, solista etc.; todo mundo pode fazer tudo”, diz Purri CRÉDITO: JOSÉ LUIZ PEDERNEIRAS_1979

anais da dança

Grupo Corpo faz 50 anos e reflete sobre sucessão

Pela primeira vez, companhia de dança terá a trilha composta por uma mulher

| 21 mar 2025_15h28
A+ A- A

Há exatos cinquenta anos, seis irmãos recém-saídos da adolescência e apaixo­nados por balé se juntaram em Belo Horizonte a um grupo de amigos para criar o Grupo Corpo, que mudou a história da dança brasileira, projetan­do-a internacionalmente. Os irmãos eram José Luiz, Paulo, Pedro, Rodrigo, Miriam e Marisa Pederneiras.

Hoje, somente dois deles seguem na ativa no Corpo: Paulo, de 73 anos, diretor-geral e cenógrafo, e Rodrigo, de 69 anos, o coreógrafo. Meio século depois da criação do grupo, tanto um quanto outro têm pensado muito no futuro – e no processo de sucessão na companhia de dança. Como bons mineiros, porém, eles não têm pressa. “Eu nunca vou me aposentar, mas quero diminuir as viagens”, afirma Rodrigo. “Fico pensando em mais de uma pessoa para nos substituir, para que pudessem dividir funções. Mas é difícil. O futuro me funde a cabeça”, diz Paulo.

Dois nomes saltam nas especulações sobre a linha sucessória, conta Karla Madeira, na edição deste mês da piauí. Um deles é o da coreógra­fa paulistana Cassi Abranches, de 50 anos. O outro é de seu marido, o diretor técni­co do Grupo Corpo, Gabriel Pedernei­ras, de 43 anos, filho de Rodrigo e de Cristina Castilho, ex-bailarina e sócia da companhia, hoje diretora de comu­nicação. “Dancei treze anos no Cor­po e, depois que parei de dançar, rodei muito para entender que milhões de coisas podem acontecer”, diz Abranches. “Acredito que tudo toma forma. Rodrigo ainda tem muita longevidade como coreógrafo.”

Desde 2024, ela é parceira de criação de Rodrigo Pederneiras. Pela primeira vez em cinquenta anos, ele decidiu dividir a coreografia. Juntos, sogro e nora estão criando juntos dois espetáculos.

Um deles é Revolución diamantina, que está sendo feito a convite de Gustavo Dudamel, regente titular da Orquestra Filarmônica de Los Angeles. O balé com composições da mexicana Gabriela Ortiz tem estreia prevista para 2026. Entre as novidades, os coreógrafos colocarão os bailarinos dividindo o palco com a orquestra, que normalmente ficaria no fosso.

O outro espetáculo é o que vai celebrar os cinquenta anos da companhia e terá, pela primeira vez, a tri­lha sonora composta por uma mulher, a compositora carioca Clarice Assad. A es­treia acontece no fim do ano.

Assinantes da revista podem ler a íntegra da reportagem neste link.

Assine nossa newsletter

Toda sexta-feira enviaremos uma seleção de conteúdos em destaque na piauí