Se eleito, Serra decretará que é simpático
SÃO PAULO – O ex-governador de São Paulo e eterno candidato tucano, José Serra, declarou ontem que acredita no papel de um Estado forte e indutor. Se eleito, decretará logo no primeiro dia que é simpático, sestroso e – dependendo do ângulo de visão, da hora do dia, da iluminação e da cosmogonia celeste – até mesmo bonitinho. “Se, como diz a Constituição, cabe ao Estado garantir o bem-estar dos cidadãos, um presidente simpático é uma necessidade absoluta e, em nome desse princípio, não economizarei MPs”, disse ele numa entrevista concedida ontem de madrugada a uma jornalista da tevê Record. Serra, que vem tentando mostrar-se mais afável, recebeu a repórter com um sorriso franco, uma frase carinhosa – “Puxa, você está bem menos gordinha!” – e conselhos agradáveis: “Agora é só cuidar um pouco mais da pele”. Galante, o governador deixou que a jornalista se recompusesse, chegando inclusive a emprestar-lhe uma caixa de Kleenex. Perguntado se pretendia interferir diretamente na política econômica, Serra respondeu: “O quê? Não compreendi.” Com cuidado extremado para não ferir as suscetibilidades da repórter, o governador fez questão de interromper a entrevista para ensinar a profissional como escandir as sílabas “de modo a melhorar sua dicção, que não é lá das melhores”. A repórter confirma que, ao contrário do que foi divulgado pelo PT, Serra em nenhum momento hesitou em abrir uma segunda caixa de Kleenex, ainda que tenha pedido que usasse apenas meio lenço. Por fim, despediu-se da jornalista demonstrando vivo interesse pelo trabalho dela: “Me manda a entrevista antes de ir ao ar, viu? Se ficar boa darei uma ligada para o Bispo Macedo. Se ficar ruim, também.”
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