27abr2010 | 14h16 | Eleições

Para protestar contra sumiço na imprensa, Marina radicaliza: “Vou plantar muita soja”

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ALTO XINGU – Marina Silva convocou a imprensa para protestar contra o que chama de “boicote midiático” à sua candidatura presidencial. Diante de três radialistas, cinco cabo-men e três estagiárias, Marina fez questão de frisar que não se deixará abater pela falta de interesse que sua candidatura vem despertando nos meios de comunicação. Falando com exclusividade para os microfones da rádio Clube Social de Altinópolis, a candidata disse não ter medo de radicalizar a mensagem para chamar atenção. Porém, antes que pudesse detalhar os pontos de sua nova estratégia de comunicação, Marina foi interrompida pelo repórter Jobson Jurandir que, de Altamira, trazia, ao vivo, uma entrevista com o ribeirinho que acabara de pescar um pirarucu de quatro quilos. A candidata ainda esperou pelo fim da entrevista, mas infelizmente o pirarucu gerou bastante tráfego no site da emissora, o que estendeu bastante a conversa com o ribeirinho. Marina teve tempo apenas de se despedir dos ouvintes de Altinópolis, e congratular o pirarucu. Segundo relato de uma estagiária do site altaflorestaeobicho.com.br, que conseguiu encaixar Marina na pauta depois que o grupo iniciante de pagode Remolexo Moleque desmarcou uma entrevista, a candidata verde chegou a dizer que, em nome de visibilidade, pretende derrubar pessoalmente boa parte das árvores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, cobrir de ladrilhos hidráulicos as manchas remanescentes da Mata Atlântica nos estados do Sudeste e convidar o governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, a “ser mais pró-ativo no desmatamento da selva amazônica”. Marina teria se despedido anunciando que seu próximo compromisso público será na loja de material de construção Leroy Merlin, filial Raposo Tavares, São Paulo, onde autografará motosserras.