25jan2012 | 16h56 | Cultura

Carlinhos Brown concorre ao Oscar de Melhor Onomatopeia Original

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ZUM ZUM BABA – Foi um momento de consagração, há muito esperado. Carlinhos Brown desbancou Arnaldo Antunes, Djavan e centenas de compositores de Axé Music ao ser indicado para o Oscar de Melhor Onomatopeia Original. "Xoque o chique do feijão faz xi. Ame o ímã de Macunaíma. Assim como ararinha Blu embute o borogodó blen blen. Ilê araketu ê, e tudo o que for patuscada!", comemorou o cantor.

Aturdidos com a indicação, produtores da Academia se esmeraram para traduzir algumas onomatopeias de Brown. Em tempo hábil, lançaram um dicionário Maimbê Dandá – Inglês. Versos como "Dandalunda, maibanda coquê", "Biba biriba mim que diga / Taco de arame cabaça barriga" e "menasundindê olorumonumbê olorum dindê calofé calofé" foram vertidos para o idioma local em encarte de doze volumes ilustrados.

Para se apresentar na noite da premiação, Brown exigiu uma cabaça do Canjerê, dois afoxés frouxos, três abadás e sete ganzás para não dar azar. Também exigiu dois senadores republicanos, em cujos cóccix pretende percutir uma versão onomatopeica da Declaração de Independência dos Estados Unidos.

Questionado sobre os pedidos, Brown versejou: "Comida na boca / Café na xícara / E Glória Pires / enfeita pelo olho marinho / Esse sobrado que sobraram / Nos semblantes assombrados".

Com medo de uma onomatopeia que prejudique a sua reeleição, Obama se esconderá no Pentágono até o fim de premiação. 

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