ESTOCOLMO – Com um songbook embaixo do braço, o presidente Michel Temer discursou na Academia Sueca acerca do Nobel de Literatura concedido a Bob Dylan. “Não há uma mesóclise em toda a obra de Dylan”, desqualificou o poeta que, nas horas vagas, governa o Brasil. Em seguida, ele apresentou provas de que o bardo americano praticou crimes de responsabilidade autoral. “Encontramos diversas pedaladas sintáticas em suas canções”, denunciou.

Ciente de que Dylan também venceu o Oscar, o Pulitzer, o Grammy, o Globo de Ouro, duas Libertadores e o Prêmio de Melhor Chico Buarque Internacional, Temer enviou ao Congresso uma PEC que estipula um teto para futuras premiações ao artista. “O excesso de láureas está inviabilizando o reconhecimento de outros gênios da literatura, como José Sarney e Gabriel Chalita”, protestou enquanto cometia um decassílabo.

No final da tarde, centenas de manifestantes foram à avenida Paulista para apoiar o presidente e lançar o projeto Nobel Sem Partido.