A Odebrecht está usando a Capela Sistina, a Grand Central Station e o ego de Neymar como referências para o novo teto do Judiciário

08ago2018 | 18h02 | Justiça

Gilmar Mendes contrata Odebrecht para reformar teto do Judiciário

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CANTEIRO DE OBRAS – “Era uma classe muito engraçada, não tinha teto, e tinha casa (paga pelo contribuinte)”, cantava um animado Gilmar Mendes para uma plateia de desembargadores, juízes e promotores, que acompanhavam atentamente a canção sentados no chão do gabinete do ministro. A cantoria fez parte de um encontro de Mendes com entidades de classe que pressionam o STF a mudar a lei, fazendo com que o teto do salário do Superior Tribunal Federal não limite o teto salarial dos profissionais do Judiciário.

Após horas de atividades que incluíam rodas de ciranda financeira e jogos de credibilidade queimada, ficou definido que a construtora Odebrecht ficaria responsável por uma avaliação minuciosa da reforma necessária. “Era uma opção óbvia. Isso é um assunto técnico e a empresa tem um expertise de muitos anos em reformas desse tipo. Já construiu muito caixa dois, já ampliou muita casa de político, reformou sítio, fez linha de metrô. Agora era hora de trabalhar no teto da categoria”, afirmou Mendes.

Fontes indicam que a Odebrecht estabeleceu a obra como prioridade e já definiu que deve sim haver uma elevação do pé-direito, pé-esquerdo e, principalmente pé-centrão salarial.