15dez2023 | 14h10 | Brasil

Retribuição: após ida de Dino ao Supremo, Lula cogita nomear Moro à Justiça

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Seção de humor da piauí

TOMA LÁ DÁ CÁ – A votação histórica que confirmou Flavio Dino como o 169º ministro do sexo masculino no Supremo Tribunal Federal tem gerado uma dor de cabeça adicional ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a escolha de um nome de consenso para suceder Dino no Ministério da Justiça. A lista de favoritos contém os nomes de Ricardo Lewandowski (defendido por uma ala do PT), Wellington Silva (defendido por outra ala do PT), Jorge Messias (defendido por uma terceira ala do PT), Marco Aurélio Carvalho (ala do PT de número 4), Gleisi Hoffmann (ala de número 5, a da presidência do PT, que no caso é ocupada por ela mesma), além de Ricardo Cappelli e Simone Tebet, que não são defendidos por ninguém.

Diante desse quadro, Lula achou uma solução de consenso: cogita nomear Sérgio Moro para a pasta, de forma a desagradar todas as alas do PT, e não apenas uma específica. “Todo mundo sabe que o companheiro Moro desempenhou um papel muito importante na votação do Flavio Dino”, explicou Lula. “Então serve também como uma retribuição aos serviços prestados por ele.”

Lula acrescentou ainda que a indicação de Moro servirá como um aceno aos eleitores que cobram a indicação de uma minoria para um cargo ligado à Justiça. “Ninguém gosta do Moro. O PL não gosta do Moro, o PT não gosta do Moro. Nem o Deltan gosta mais do Moro. É um excluído social que deve ser considerado”, afirmou o presidente.

A decisão foi celebrada pela colunista Vera Magalhães, que vinha se preocupando com a solidão de Moro em Brasília: “Eu tenho a impressão que todo dia quando ele chega no gabinete, o Moro põe no canto aquela camisa preta, aquele paletó preto que o Andreazza e o Mestrão adora, vai pra um tabuleiro de xadrez e estuda qual vai ser o próximo passo do oponente dele. Mas não tinha mais ninguém mais pra jogar xadrez com ele!”