Carcará no Planalto: o braço do Centrão que se alinha com a extrema direita, ao contrário do que fez por décadas, agora tem pretensões de ganhar a eleição e governar sem intermediários CRÉDITO: BETO NEJME_2023
Lula entre dois centrões
Para um deles, mais vale perder a democracia que pôr em risco seu projeto de poder
O Centrão se bifurcou em dois ramos. Um deles é o Centrão sem medo, que aceita ser base de apoio de não importa qual governo, mesmo que de extrema direita. O outro é o Centrão relutante, disposto a aderir ao governo, mas que prefere que não seja de extrema direita.
Foi o Centrão relutante que, desde o início, aderiu a Lula e, com isso, atrelou seu destino ao atual governo (pelo menos até 2026). É um exagero dizer que irá automaticamente para a oposição, caso Lula (ou outro candidato de seu governo) perca a próxima eleição. Mas a adesão desse Centrão a um governo de extrema direita deixou de ser favas contadas, analisa Marcos Nobre, na piauí deste mês.
Já o Centrão sem medo não terá nenhuma dificuldade em aderir a um governo abertamente de extrema direita. É um Centrão que abraça o risco de perder a democracia para manter seu projeto de poder. É o Centrão carcará, o Centrão que pega, mata e come. Na versão cruzeiro marítimo com show ao vivo de Wesley Safadão, é o “Centrão raiz” de Arthur Lira.
Para preservar a possibilidade de servir também a um eventual governo liderado pela extrema direita, o Centrão sem medo pretende não aderir formalmente ao governo Lula. Vai receber os cargos e as verbas e entregar os votos em matérias consideradas cruciais, mas fazendo de tudo para não ser oficialmente identificado à atual coalizão de governo.
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