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questões cinematográficas

Martírio (II)

No texto Genocídio brasileiro, divulgado em junho, Vincent Carelli relatou a situação dos Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, após o assassinato do cacique Nísio Gomes, ocorrido em 2012, e antecipou trechos do documentário Martírio que o Vídeo nas Aldeias já vinha produzindo. 

Agora, Carelli recorre a uma campanha de financiamento coletivo para conseguir concluir o filme.

| 16 dez 2013_10h34
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No texto , divulgado em junho, Vincent Carelli relatou a situação dos Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul, após o assassinato do cacique Nísio Gomes, ocorrido em 2012, e antecipou trechos do documentário Martírio que o Vídeo nas Aldeias já vinha produzindo. 

Agora, Carelli recorre a uma campanha de financiamento coletivo para conseguir concluir o filme.Ele conta que “acompanha essa história desde 1988 e considera ter a obrigação moral de desovar esse relato para restabelecer a verdade dos fatos que levaram à situação de hoje”. Recorrendo ao Catarse, pergunta: “Quem outro vai financiar isso, certamente ninguém.”

De fato, conforme comentamos ao escrever sobre o documentário Corumbiara, dirigido por Vincent Carelli em 2009, a via crucis burocrática das leis de incentivo e as distorções resultantes de um modelo de produção baseado em recursos estatais têm se mostrado inadequado para promover a um só tempo qualidade artística, mérito cultural e empenho político – traços distintivos do cinema de Vincent Carelli.

Está à mão de todos, portanto, a oportunidade de demonstrar a viabilidade de formas alternativas de financiamento, assegurando os recursos que ainda faltam para concluir Martírio.

Para colaborar, basta acessar http://catarse.me/pt/kaiowa até 13 de janeiro e juntar-se aos 716 apoiadores que já asseguraram 75% do valor necessário.

Nas palavras de Carelli, “a causa exige apoio determinado dos mais variados segmentos da sociedade brasileira. Espalhem, façam circular informação sobre a situação dos Guarani e ajudem a interromper o genocídio em curso no Mato Grosso do Sul”.

Sobre as circunstâncias históricas em que os Guarani Kaiowa foram expropriados de suas terras, as retomadas, o teatro do lobby ruralista no Congresso Nacional e o terrorismo da mídia que chama os índios de “invasores”, leia na imprensa: 

Martírio, um filme que o Brasil precisa ver (Carta Capital)

O fio que dá sentido à vida (Folha de S. Paulo)

Para colaborar, acesse http://catarse.me/pt/kaiowa até 13 de janeiro.
 

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