O governador e seu labirinto: a vassalagem que Tarcísio tem prestado a Jair Bolsonaro, inclusive ecoando seu discurso, machuca a Faria Lima, mas nada que um Melhoral não resolva CREDITO: LEON RODRIGUES_2024
A biruta
Por que Tarcísio enfrenta seu pior momento na corrida presidencial
Ana Clara Costa | Edição 227, Agosto 2025
No terceiro dia do Gilmarpalooza, o jocoso apelido do evento promovido pelo ministro Gilmar Mendes em Lisboa, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, deu duas palestras – uma sobre política externa, outra sobre segurança pública. As duas ocorreram no principal auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e contaram com audiência ilustre dos mundos jurídico e empresarial, incluindo o próprio Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Na abertura de uma delas, Tarcísio foi apresentado pelo mediador Raul Jungmann, ex-ministro da Defesa, como um “inequívoco presidenciável”. A plateia, composta quase totalmente de brasileiros, aplaudiu. Tarcísio sorriu com ar calculadamente envergonhado.
Em sua fala, o governador abordou temas nacionais, como vinha fazendo com certa frequência, para desgosto de seu padrinho político, Jair Bolsonaro, que se incomoda ao vê-lo por aí calçando sapatos de presidenciável. Também falou sobre geopolítica e multilateralismo. A certa altura, afirmou que, diante das incertezas globais, sempre haverá necessidade de segurança alimentar – e o Brasil, grande produtor agrícola, certamente se beneficiará disso. “Se o mundo precisa de um parceiro confiável em segurança alimentar, nós estamos aqui”, disse.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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