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    ILUSTRAÇÃO: ANDRÉS SANDOVAL_2016

esquina

A botina amarela

Um museu para Santo Amaro

Paula Scarpin | Edição 114, Março 2016

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Quem visita o Museu de Santo Amaro nas tardes de terças e quintas-feiras é recebido pessoalmente pelo curador, um senhor de bengala, terno e gravata. Aos 74 anos, o advogado aposentado Alexandre Moreira Neto gosta de guiar os interessados pela história do bairro da Zona Sul da capital paulista. Não chega a ser um trabalho exaustivo, nem tão frequente assim. Se a plaquinha da entrada – discretíssima – e o portão quase sempre trancado já não bastassem para desencorajar os ocasionais visitantes, a numeração da rua Professor Alceu Maynard de Araújo confunde mesmo os que se deslocam até ali procurando pelo museu.

“Você sabia que Santo Amaro é o único bairro de São Paulo em que os números das casas não partem da Praça da Sé?”, perguntou o curador, enquanto abria o cadeado. Fazia referência ao sistema de numeração – quanto mais distantes do marco zero do município, mais altos são os números. “Aqui a numeração parte do Largo Treze de Maio, o nosso centro.”

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