CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2025
A corda e a caçamba
Dois procuradores contra um aparato de esquecimento
Angélica Santa Cruz | Edição 224, Maio 2025
Nos últimos meses, as notícias sobre reparações a familiares de mortos e desaparecidos da ditadura militar foram se avolumando, em um ritmo poucas vezes visto. Na manhã de 16 de abril passado, uma cerimônia no auditório da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) anunciou a identificação de dois opositores do regime enterrados na vala clandestina de Perus, na Grande São Paulo. As famílias do ex-marinheiro Grenaldo de Jesus da Silva, morto em 1972, e do pedreiro Denis Casemiro, que desapareceu em 1971, enfim, podem receber seus restos mortais.
Dias antes, o governo federal havia feito um pedido de desculpas formal às famílias das pessoas enterradas na vala. E, logo no início do ano, o Conselho Nacional de Justiça aprovou uma resolução para que cartórios coloquem nos atestados de óbito das vítimas da ditadura a informação de que suas mortes foram causadas por violência do Estado.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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