ILUSTRAÇÃO: ANDRÉS SANDOVAL_2016
A dialética trilógica
Uma escola de finlandês nada ortodoxa
Julio Lamas | Edição 122, Novembro 2016
A designer paulistana Kátia Nishida não vê a hora de realizar um sonho tão antigo quanto incomum: viver na Finlândia. Mais do que a educação de primeira linha e a segurança, o que atrai a nissei de 27 anos no país escandinavo é o heavy metal. “Nightwish, HIM, Insomnium, Children of Bodom, Apocalyptica… Todas as minhas bandas favoritas são de lá”, diz um tanto eufórica, enquanto passa a mão pelos cabelos multicoloridos. De fato, os finlandeses vêm se destacando há algum tempo como obstinados metaleiros. De acordo com uma pesquisa do Encyclopaedia Metallum, site colaborativo que virou referência entre os fãs do estilo, existem 54 grupos do gênero para cada 100 mil pessoas na terra do Papai Noel. Trata-se, segundo o mesmo levantamento, de um recorde mundial. “Pena não haver, no Brasil, uma quantidade parecida de cursos de finlandês”, lamenta a moça, que já esteve duas vezes em Helsinki.
Depois de muita procura, a designer encontrou uma das únicas escolas latino-americanas que ensinam o idioma presencialmente (a maioria só oferece aulas a distância). Localizado nos fundos de um edifício comercial em São Paulo, o Trilogy Institute se define como uma “universidade livre e terapêutica de línguas”, por adotar um método que almeja “combater as neuroses dos alunos” enquanto lhes desvenda os segredos do finlandês.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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