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A era dos <i>superfakes</i>

    Duas bolsas Chanel do modelo clássico: uma é falsa e sai por 390 dólares; a outra é verdadeira e chega a custar 10,2 mil dólares. Qual é a autêntica, qual a cópia? Saiba na seção de cartas CRÉDITO: FOTOGRAFIA DE GRANT CORNETT E PRODUÇÃO DE ADEREÇOS DE JOJO LI_2023

corredores da ilicitude

A era dos superfakes

Cópias perfeitas e caras de produtos de luxo sacolejam e vascolejam o mercado da moda

João Batista Jr. | Edição 215, Agosto 2024

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Quem passa em frente ao Shop­ping Frei Caneca, em São Paulo, quase não repara na calçada oposta em um discreto prédio cinza com um café simpático no térreo. Construído em um terreno que pertenceu à família do piloto Ayrton Senna, o edifício – para não deixar dúvidas de que é um prédio de escritórios – chama-se The Office. Tem 274 salas distribuídas em 22 andares. É preciso fazer um cadastro na portaria para acessar os vários consultórios médicos e espaços comerciais do local.

O térreo, além do café, conta apenas com uma loja que oferece, entre outros produtos, sacolas em papel de alta qualidade de cor laranja, turquesa e vermelho: as cores têm tonalidades iguais às embalagens de grifes de luxo, faltando apenas a logomarca. O laranja é igual ao utilizado pela Hermès, o turquesa é similar ao da Tiffany & Co., e o vermelho é idêntico ao da Cartier. (A loja chama-se Beto Embalagens, uma vitória heroica da última flor do Lácio sobre Bobby Packaging.) Mas o melhor, mesmo, em termos de imitação do luxo, está nos pisos superiores.

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