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    Estudante segura as bandeiras palestina e israelense, em protesto contra Netanyahu, ainda antes do conflito: para Olavo de Carvalho, A paixão de Cristo, de Mel Gibson, não era antissemita CRÉDITO: JACK GUEZ_AFP_2023

anais da guerra e da diplomacia III

A extrema direita estimula a comunidade judaica a criar inimigos internos

A história de um judeu sionista de esquerda acusado de defender Hamas e ser antissemita

Michel Gherman | Edição 206, Novembro 2023

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Como quase todas as pessoas que conheço, fui pego de surpresa no dia 7 de outubro, sábado. Eu estava envolvido nesse dia com preparações de aulas e atividades de fim de semana, quando meu telefone começou a tocar. Era manhã no Brasil e tarde no Oriente Médio. Entendi depois que, justamente naquela hora, os acontecimentos em Israel estavam no auge. Familiares e conhecidos faziam contato para saber notícias do que tinha ocorrido e perguntar sobre parentes e amigos. Todos pediam ajuda para entender o que estava acontecendo em um país que eu conheço tão bem.

Depois de responder às pessoas mais próximas, muito angustiadas, dizendo que eu me informaria sobre como estavam todos na Haaretz (forma carinhosa de falar de Israel), comecei a receber outras ligações. Agora, de jornalistas. Jornais e emissoras de tevê pediam minha avaliação sobre o que estava ocorrendo, mas também sobre o que eu pensava que poderia acontecer. Não falavam mais com o Michel de Israel, mas com o professor. Enquanto procurava informações na mídia israelense, entendi que eu passara a ser, naquele momento, fonte para a análise de um evento que eu mesmo ainda custava a entender.

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