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A formiga e o formigueiro

    Rick Azevedo na Câmara Municipal do Rio: para ele, o principal desafio no primeiro mês de mandato foi lidar com o fato de que ninguém na política o conhecia. “Eu cheguei do nada”, diz CRÉDITO: ANDRÉ VALENTIM_2025

vultos da política

A formiga e o formigueiro

Como um caixa de farmácia criou o vigoroso movimento pela redução da jornada de trabalho

Pedro Tavares | Edição 223, Abril 2025

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Era terça-feira, seu dia de folga no trabalho, mas Ricardo Cardoso Azevedo acordou na mesma hora de sempre, por volta das cinco da manhã. Aos 29 anos, ele trabalhava como caixa da Droga Raia, no bairro Itaipu, em Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Nos momentos livres, buscava uma renda extra, ora vendendo sacolé na praia, ora fazendo vídeos para seu perfil do TikTok. Falava sobre música pop e assuntos gerais, inclusive alguma coisa de política, esperando alcançar um número monetizável de visualizações na plataforma. Às vezes, dava certo. Não era muito dinheiro, mas ajudava no orçamento. “Cheguei a ganhar 500 reais. Para quem recebia salário mínimo, era uma mão na roda”, conta.

Naquela manhã de 12 de setembro de 2023, ainda na cama, Azevedo pegou o celular para ler as notícias do dia. Como estava de folga, procurou algum assunto para comentar no TikTok. Depois do café, gravou cinco vídeos, quatro sobre a cantora Beyoncé, tema recorrente nas suas publicações. Em seguida, teve a ideia de falar sobre seu ritmo de trabalho na farmácia, que ele considerava extenuante. O caixa seguia a jornada 6 por 1, ou seja, trabalhava seis dias por semana e folgava apenas um.

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