CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2024
A maestrina é batuta
Como Claudia Elizeu se tornou uma requisitada regente de musicais
Tiago Coelho | Edição 216, Setembro 2024
Os atores andavam de um lado para o outro no palco do Teatro Riachuelo, no Rio de Janeiro. Alongavam o corpo e faziam exercícios vocais: “Mi-mi-miii” para cá, “bru-bru-bru” para lá. Era uma quinta-feira, dia 15 de agosto, por volta das 19 horas. De repente, o diretor de palco conclamou o elenco do musical Hairspray para se aproximar do proscênio. “Estou sentindo vocês dispersos. Hoje a gente tem a missão de ajudar uma colega. Então, foco”, disse João Sá, na beira do palco. Perto dele, via-se o busto de uma mulher movendo-se no fosso do teatro. Era a maestrina e diretora musical associada Claudia Elizeu.
Faltava uma hora para o início do espetáculo, e Elizeu chamou a atriz Giovana Zotti. “O seu solo é momento de atenção”, disse a maestrina. Havia uma leve apreensão no ar. Poucas horas antes, a produção recebera a notícia de que Liane Maya, intérprete da vilã Velma Von Tussle, estava rouca. No teatro musical, os atores principais sempre têm substitutos: são os atores de personagens secundários que conhecem as falas e músicas dos intérpretes principais, sendo capazes de assumir seu lugar em casos de emergência. Zotti havia sido convocada para substituir Maya.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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