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    A polícia chilena dissolve uma manifestação de protesto, em Santiago: as pautas do feminismo, do ambientalismo e dos povos originários podem ter ofuscado a importância do estado de bem-estar social defendido pela Constituição rejeitada CRÉDITO: PABLO SANHUEZA_REUTERS_FOTOARENA_2022

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A ressaca

Derrota da nova Constituição nas urnas compromete futuro do governo Boric

Fernando de Barros e Silva | Edição 193, Outubro 2022

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De Santiago

Hoje o mundo todo está nos olhando.” O presidente Gabriel Boric tinha acabado de votar quando se dirigiu à imprensa com essas palavras, na manhã de 4 de setembro, um domingo. Estava em Punta Arenas, sua cidade natal, erguida à beira do Estreito de Magalhães, um pedaço de mar ao Sul do Chile, que interliga os oceanos Atlântico e Pacífico. “No Chile, nós resolvemos nossas divergências com mais democracia, nunca com menos”, havia escrito no Twitter véspera da votação. Eram declarações protocolares, de um líder político preocupado com a institucionalidade e zeloso de seu papel histórico. Mas eram também declarações com lastro na realidade. O mundo, de fato, voltava suas atenções para o Chile a fim de acompanhar o resultado do plebiscito que decidiria se o país finalmente teria – ou não – a sua nova Constituição, feita para substituir a Carta de 1980, herdada da ditadura do general Augusto Pinochet, que ficou à frente do país por dezessete anos, de 1973 a 1990.

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