O ataque à TC Telévision, em Guayaquil: o Equador se transformou num importante hub de exportação da cocaína, na rota do Pacífico. O lucro no transporte da mercadoria ultrapassa 1.500% CRÉDITO: CORTESIA TC/HANDOUT VIA REUTERS_2024
A guerra do Equador
A tragédia de uma democracia ameaçada por 22 facções do narcotráfico
Mónica Almeida | Edição 210, Março 2024
Tradução de Sérgio Molina e Rubia Prates
Eles começaram a chegar no início de dezembro sem dar explicações e se impuseram à força. Disseram que iriam proteger a comunidade de facções interessadas em roubar ou matar. Agora, apenas dois meses depois, já estão presentes em muitos bairros do noroeste de Guayaquil, uma região parecida com uma imensa colcha de retalhos de ruas e vielas que sobem e descem por pequenos morros, cobertos por barracos e casas inacabadas, onde falta luz, água encanada, escolas e parques. Os nomes desses bairros na cidade mais populosa do Equador, com 2,7 milhões de habitantes, às vezes remetem a um dos líderes que ocuparam aquelas terras, como Balerio Estacio, outras vezes são mais líricos, como Flor de Bastión. Em todos eles, a pobreza e as facções criminosas estão arraigadas.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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