Com dívida de 65,4 bilhões de reais, a Oi entrou em recuperação judicial. Credores de fundos internacionais, chamados "abutres", brigam pelo que restou da maior operadora brasileira ILUSTRAÇÃO: NADIA KHUZINA_2017
A agonia da Oi
Como as sucessivas intervenções do governo e a ganância dos acionistas majoritários arruinaram uma campeã nacional
Consuelo Dieguez | Edição 125, Fevereiro 2017
OS BRASILEIROS
Na tarde de 8 de junho do ano passado, os controladores da Oi, a maior operadora de telefonia fixa brasileira, reuniram-se na sala do Conselho de Administração da companhia, instalado em um prédio na praia de Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro, para uma videoconferência com o então presidente da empresa, Bayard Gontijo. O momento era tenso. Com uma dívida que já ultrapassava 65 bilhões de reais e o caixa fazendo água, a empresa se desmanchava. Gontijo estava em Nova York, no escritório de uma empresa de assessoria financeira, contratada três meses antes para ajudá-lo na negociação da dívida junto a credores internacionais.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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