Alexandre Allard: com seus grandes feitos e grandes confusões, ele é comparado a figuras do mesmo naipe que coloriram a cena paulistana, como Assis Chateaubriand e Edemar Cid Ferreira CRÉDITO: CLAUDIO BELLI_VALOR_AGÊNCIA O GLOBO_2021
O rei Allard XIV
As peripécias do dínamo imobiliário de São Paulo
João Batista Jr. | Edição 224, Maio 2025
Quando chega em sua casa, o francês Alexandre Ludovic Allard está no topo de São Paulo e cercado de luxo. Sua cobertura tríplex tem 1 361 m2 e uma vista de 360 graus para os arranha-céus da cidade. É obra do arquiteto francês Jean Nouvel, ganhador do Pritzker de 2008, o Nobel da arquitetura. Nos espaços externos do imóvel, há um jardim com árvores nativas do Brasil que sobem pelas treliças e uma piscina de borda infinita, de onde se avistam as montanhas da Serra da Cantareira. Na sala principal, há uma escada em espiral, que lembra a obra-prima que Oscar Niemeyer instalou no Palácio do Itamaraty, em Brasília. No piso, pranchas enormes de madeira sucupira, ajustadas por artesãos do Ateliers de France, especializado em marcenaria. Na decoração, móveis assinados. Entre eles, a celebrada chaise longue Rio, outra obra de Niemeyer.
É seu Versailles privé. A cobertura chama-se Penthouse Suite e fica a 100 metros do solo, coroando o edifício Torre Mata Atlântica, que se destaca no luxuoso complexo Cidade Matarazzo, que reúne centro cultural, restaurantes, bares, galeria de arte e o hotel Rosewood, o mais chique do Brasil. Alex Allard, como é conhecido, já abriu as portas da Penthouse para eventos especiais. Recentemente, recebeu para jantar Caetano Veloso e Maria Bethânia, que faziam turnê na cidade. Quando Allard está em viagem ao exterior, o Rosewood oferece a cobertura aos hóspedes mais endinheirados, como já aconteceu com o cantor americano Bruno Mars. Cobra a diária mais cara do país: 50 mil dólares, quase 300 mil reais.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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