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    Roberto Santucci, o diretor brasileiro que mais levou gente ao cinema, costuma fazer sessões-teste e alterar cenas, dependendo da reação dos espectadores ILUSTRAÇÃO: ROBERTO NEGREIROS_2015

questões cinematográficas

Ao gosto do freguês

Como fazer filmes para as multidões

Luiza Miguez | Edição 112, Janeiro 2016

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Em meados de agosto do ano passado, Roberto Santucci Filho chegou esbaforido ao Cine Joia, uma pequena sala em Copacabana, no Rio de Janeiro. Seguia rápido, sem cumprimentar vivalma. Atrasado, o cineasta carioca trazia no laptop a primeira versão do filme que terminara de montar havia poucas horas. Os cerca de cinquenta espectadores reunidos naquela noite avançada de sábado – passava das 23 horas – assistiriam a um filme semipronto, estrelado por Rodrigo Sant’Anna, ator muito conhecido de programas de humor na tevê. A película que em minutos surgiria na tela só iria estrear no ano seguinte, em fevereiro de 2016.

O convite para a exibição de O Suburbano Sortudo fora feito dias antes, no encerramento de uma peça de teatro protagonizada por Sant’Anna. Para participar da sessão gratuita do filme, bastava dar nome, idade e endereço. Fácil. Havia gente que viera de longe – de Quintino, Vila Valqueire, Bento Ribeiro, Rocinha, morro do Caju e Duque de Caxias. Tratados a pão de ló (noves fora o atraso), os espectadores eram servidos por um garçom que lhes oferecia pipoca, refrigerante, balas e doces.

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