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    A cientista Shikma Bressler (centro) durante protesto em Israel contra mudanças no Judiciário: enquanto Benjamin Netanyahu faz provocações cada vez piores, a sociedade israelense vive um despertar que atesta a importância do coletivo CRÉDITO: EYAL WARSHAVSKY_SOPA IMAGES_LIGHTROCKET VIA GETTY IMAGES_2023

carta de israel

A ameaça à democracia israelense e o papel da memória

Amos Gitaï, um cineasta acostumado a enquadrar a história de Israel, escreve sobre os protestos contra as mudanças no sistema judiciário e o risco de um regime autocrático no país

Amos Gitaï | Edição 204, Setembro 2023

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A memória não é inocente, nem é apenas uma questão sentimental. Pensar no passado pode nos ajudar a injetar ideias no futuro. E a pergunta que sempre permanece é esta: como podemos transpor esses pensamentos para outras mídias, a escrita e o filme? Não devemos esquecer que o que a câmera faz é enquadrar. Filmar é tomar uma série de decisões sobre o que aparecerá no quadro e o que ficará de fora. Isso significa que nossas escolhas incluem algum grau de distanciamento e marginalização, o que requer pensar na estratégia certa de filmagem para cada filme e no uso específico – e calculado – desse fetiche chamado câmera.

Nesta época em que somos bombardeados por imagens na tevê e na internet, para informação ou entretenimento, e em que a tecnologia e a indústria de produção de imagens evoluem constantemente e se tornam cada vez mais sofisticadas é importante estar bem consciente do ato da representação. É importante lembrar que não se trata apenas de saber “o que” filmar, ou seja, qual o conteúdo da imagem a produzir, mas também “como” filmar, isto é, que métodos e técnicas de produção de imagem serão utilizados.

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Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz

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