A Revista piauí jogos
Áudio
  • Silenciadas
  • Foro de Teresina
  • ALEXANDRE
  • A Terra é redonda (mesmo)
  • Sequestro da Amarelinha
  • Maria vai com as outras
  • Luz no fim da quarentena
  • Retrato narrado
  • TOQVNQENPSSC
piauí recomenda
Dossiê piauí
  • O complexo_SUS
  • Marco Temporal
  • Má Alimentação à Brasileira
  • Pandora Papers
  • Arrabalde
  • Perfil
  • Cartas de Glasgow
  • Open Lux
  • Luanda Leaks
  • Debate piauí
  • Retrato Narrado
  • Implant Files
  • Eleições 2018
  • Anais das redes
  • Minhas casas, minha vida
  • Diz aí, mestre
  • Aqui mando eu
Especiais
  • Projeto Querino
  • Versos Negros
Eventos
  • Festival piauí 2025
  • piauí na Flip 2025
  • Encontros piauí 2025
  • Encontros piauí 2024
  • Festival piauí 2023
  • Encontros piauí 2023
Herald Vídeos Lupa
Minha Conta
  • Meus dados
  • Artigos salvos
  • Logout
Faça seu login Assine
  • -
  • A Revista
  • piauí jogos
  • Áudio
    • Silenciadas
    • Foro de Teresina
    • A Terra é redonda (mesmo)
    • Sequestro da Amarelinha
    • Maria vai com as outras
    • Luz no fim da quarentena
    • Retrato narrado
    • TOQVNQENPSSC
  • piauí recomenda
  • Dossiê piauí
    • O complexo_SUS
    • Marco Temporal
    • Má Alimentação à Brasileira
    • Pandora Papers
    • Arrabalde
    • Perfil
    • Cartas de Glasgow
    • Open Lux
    • Luanda Leaks
    • Debate piauí
    • Retrato Narrado
    • Implant Files
    • Eleições 2018
    • Anais das redes
    • Minhas casas, minha vida
    • Diz aí, mestre
    • Aqui mando eu
  • Especiais
    • Projeto Querino
    • Versos Negros
  • Eventos
    • Festival piauí 2025
    • piauí na Flip 2025
    • Encontros piauí 2025
    • Encontros piauí 2024
    • Festival piauí 2023
    • Encontros piauí 2023
  • Herald
  • Vídeos
  • Lupa
  • Meus dados
  • Artigos salvos
  • Logout
  • Faça seu login
minha conta a revista fazer logout faça seu login assinaturas a revista
Jogos
piauí jogos

portfólio

Armas de lucro em massa

Enquanto o Congresso americano discute como tirar as tropas do Iraque, empresas continuam a faturar com a guerra

Christopher Griffith | Edição 11, Agosto 2007

A+ A- A

Os números provocam choque e espanto. Segundo o Serviço de Pesquisa do Congresso americano, o custo da guerra do Iraque (Operação Liberdade Iraquiana, no jargão do Pentágono) e das suas congêneres, a Operação Liberdade Duradoura, no Afeganistão, e a Guerra Global ao Terror, podem facilmente ultrapassar, neste ano, a marca de 600 bilhões de dólares. Por mais que o número pareça assombroso, Joseph Stiglitz, ganhador do prêmio Nobel de Economia, e Linda Bilmes, economista de Harvard, calcularam que o custo real já excede 2 trilhões de dólares. O montante que o Congresso destina todos os anos para as guerras ─ o valor médio de 127 bilhões de dólares ─ é maior do que os mercados globais de sabão, heroína ou jogos de azar. Nas contas do Departamento de Defesa, as guerras no Iraque e no Afeganistão custaram, no ano passado, 6,8 bilhões de dólares por mês. No momento, essa cifra está próxima dos 8 bilhões de dólares por mês.

Se fizesse gastos com essa velocidade, em três anos e meio a General Electric não valeria mais coisa alguma, a fortuna pessoal de Bill Gates se evaporaria em sete meses e a Ford, que vem atravessando dificuldades, deixaria de existir em questão de semanas. Se essas guerras fossem bancadas por um cartão de crédito sem limite, o pagamento da fatura demandaria dinheiro equivalente ao PIB de três Irlandas ou onze Kuwaits, ou ao da Holanda ─ e ainda levaria, de quebra, o Sri Lanka.

Entre os maiores fornecedores do governo estão os nomes de sempre. Como a Boeing, que fornece helicópteros Apache ao preço de 32,7 milhões de dólares cada, em contratos que, no ano passado, totalizaram 20,3 bilhões de dólares. Mas o Pentágono também decidiu alistar as pastilhas M&M’s no complexo industrial-militar, destinando, em 2005, 55 milhões de dólares para a fábrica de chocolate Mars. A Monadnock Lifetime Products, pequena indústria de Fitzwilliam, em New Hampshire, que fornece algemas descartáveis de plástico a 1 dólar cada, teve, no ano passado, uma receita de 1,3 milhão de dólares somente com o que vendeu às forças armadas.

 

Em vários casos, o Departamento de Defesa tem dificuldade para especificar o que comprou de certos fornecedores. Perguntado sobre um pagamento de 321 milhões de dólares à Altria/Kraft, um porta-voz precisou de duas semanas para explicar que era por “alimentos diversos”. A Altria/Kraft foi incapaz de ser mais específica. Um porta-voz do exército repassou os pedidos de informação sobre compras feitas da Tyson Foods e da Dell a um funcionário de relações públicas da Halliburton, explicando que a última era a melhor fonte para a informação.

 

É surpreendente que uma aventura global desse porte, com custos sem precedentes, tenha provocado estragos tão pequenos na economia dos Estados Unidos. Uma das explicações é que, em vez de fazer desembolsos à medida que os gastos são realizados, grande parte da guerra está sendo financiada por meio de endividamento. E a dívida está nas mãos dos grandes protagonistas da economia global: o Japão, a Europa, a Arábia Saudita e a China.

Até alguma coisa mudar, os campos de batalha no Afeganistão e no Iraque representam uma bizarra vitrine e balcão de negócios para vastos setores da economia global. Como o armário dos sonhos de um adolescente rico, repleto de guitarras elétricas reluzentes, os artigos militares deste portfólio são provas cara,s tangíveis e exóticas do que dá para comprar com 2 bilhões de dólares por semana. Os Estados Unidos terão imensos estoques dessas mercadorias por muito tempo, mesmo depois que o conflito se encerrar. Embora muitos possam se opor à atuação dos EUA no Iraque, boa parte do globo também tem interesse em minimizar o impacto dessa política na economia norte-americana. Com tal nível de dispêndio, a noção de vitória ou derrota militar nem vem ao caso. Em algum ponto além dos 600 bilhões de dólares, é a economia global que, tanto quanto a cidade de Bagdá, pode vir a precisar da proteção de uma zona verde.

 

Christopher Griffith

Leia Mais

portfólio

As sobras radicais de Geraldo de Barros

Uma galeria com trabalhos inéditos do artista, os últimos que realizou

28 ago 2025_08h31
portfólio

O cria que virou playboy

Como a ascensão social do artista carioca mudou seu modo de pintar

28 jul 2025_15h51
portfólio

Retratos do inferno

O massacre do Carandiru, nas pinturas de um sobrevivente

30 jun 2025_15h07
  • NA REVISTA
  • Edição do Mês
  • Esquinas
  • Cartuns
  • RÁDIO PIAUÍ
  • Foro de Teresina
  • A Terra é redonda (mesmo)
  • Maria vai com as outras
  • Luz no fim da quarentena
  • Retrato narrado
  • TOQVNQENPSSC
  • ESPECIAIS
  • Eleições 2022
  • má alimentação à brasileira
  • Pandora Papers
  • Arrabalde
  • Igualdades
  • Open Lux
  • Luanda Leaks
  • Debate piauí
  • Retrato Narrado – Extras
  • Implant Files
  • Anais das redes
  • Minhas casas, minha vida
  • Diz aí, mestre
  • Aqui mando eu
  • HERALD
  • QUESTÕES CINEMATOGRÁFICAS
  • EVENTOS
  • AGÊNCIA LUPA
  • EXPEDIENTE
  • QUEM FAZ
  • MANUAL DE REDAÇÃO
  • TERMOS DE USO
  • POLÍTICA DE PRIVACIDADE
  • In English

    En Español
  • Login
  • Anuncie
  • Fale conosco
  • Assine
Siga-nos

WhatsApp – SAC: [11] 3584 9200
Renovação: 0800 775 2112
Segunda a sexta, 9h às 17h30