CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2023
Baquetas na mesa
Haroldo Ferretti, baterista do Skank, abre seu coração
Silvana Arantes | Edição 200, Maio 2023
“Toda banda um dia acaba, menos os Rolling Stones.” Haroldo Ferretti dizia isso para si mesmo havia muito tempo. Mesmo assim, o baterista sentiu um baque forte quando seu companheiro de banda, o guitarrista e vocalista Samuel Rosa, avisou que pretendia começar uma carreira solo, com novos parceiros e novas formas de compor. O anúncio foi feito em uma reunião de trabalho corriqueira, em uma tarde de agosto de 2019. Além de Ferretti e Rosa, estavam presentes o baixista Lelo Zaneti e o tecladista Henrique Portugal. O quarteto formava o Skank, uma das bandas de maior sucesso do pop rock brasileiro.
Com o fim iminente do grupo, Ferretti passou a viver um “furacão de emoções”. “Quando chega a hora, dá um vazio, uma coisa esquisita”, diz ele à piauí. A hora chegou em 26 de março passado, quando o Skank fez seu último show, no Estádio Mineirão, em Belo Horizonte, cidade onde a banda foi formada, em 1991. Um público estimado em 50 mil pessoas acompanhou as três horas de apresentação. Em um misto de euforia e melancolia, os fãs ouviram hits como Te Ver, É uma Partida de Futebol, Jackie Tequila e Resposta.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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