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    Bete Coelho em Mãe Coragem, escrita às vésperas da Segunda Guerra; a personagem de Brecht está para as atrizes “maduras e velhas”, ela diz, como Hamlet para os atores “maduros e jovens” FOTO_LENISE PINHEIRO_2019_FOLHAPRESS

vultos do teatro

Betossauro

A força e a graça da atriz Bete Coelho

Rafael Cariello | Edição 155, Agosto 2019

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A primeira vez que vi Bete Coelho em cena, eu devia ter 17 ou 18 anos e não entendi nada. No início dos anos 90, assim como hoje, era relativamente barato assistir ao teatro, bom teatro, no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro. O CCBB, no miolo antigo da cidade, com seus pisos de mármore, colunas neoclássicas, salas de exposição e espetáculos, por alguns anos se tornou ponto de encontro de um grupo de colegas da escola. Às vezes íamos assim que as aulas acabavam, na hora do almoço, ainda vestidos com os uniformes. Comíamos alguma coisa pelo caminho, um salgado, um refrigerante, e ficávamos por lá até o fim do dia.

Foi nessa época – em 1994 – que encenaram Pentesileias, peça concebida e escrita por Daniela Thomas, dirigida e protagonizada por Bete Coelho. Em que pese toda pretensão intelectual adolescente, a montagem estava obviamente além da nossa capacidade de compreensão – minha e de um colega de classe, que era quem tinha maior entusiasmo pelo teatro. Faltava-nos a experiência necessária para entender o doloroso conflito entre homens e mulheres que se desenrolava no palco. Faltava-nos também, embora isso não fosse essencial, a compreensão do significado daquele reencontro entre Daniela e Bete.

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