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Boca de Roma
Epigramas de um poeta do século I
Marco Valério Marcial e Rodrigo Garcia Lopes | Edição 123, Dezembro 2016
Se há um autor que tem sobrevivido ao teste do tempo, da Antiguidade até o século XXI, é Marco Valério Marcial (38-104 d.C. aproximadamente), cuja reputação oscilou ao sabor do clima moral e estético de cada período em cada país. Sua obra, bastante extensa, contabiliza 1 561 epigramas.
A concisão do epigrama (dizer o máximo com o mínimo) se deve ao fato de originalmente ser um texto destinado à inscrição: além de memorável, ele tinha de ser curto pela própria limitação do espaço físico dos objetos (paredes, está-tuas, potes, lápides etc). Enquanto verso de ocasião, ao mesmo tempo que visa imortalizar ou esculhambar uma pessoa, o epigrama privilegia o momento, o hic et nunc (aqui e agora).
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
ASSINEMarco Valério Marcial, poeta e escritor, é autor de Epigramas, que está sendo lançado este mês pela Ateliê Editorial
É poeta, romancista e tradutor, autor de O trovador (Record) e Poemas coligidos (1983-2020) (Kotter Editorial), entre outros