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Naquele tempo

    Autorretrato de Eddy Posthuma de Boer: o apreço do holandês pela fotografia começou na infância CRÉDITOS: EDDY POSTHUMA DE BOER_MUSEU DA COMUNICAÇÃO DE BERLIM

portfólio

Naquele tempo

Cenas de um mundo que ainda cabia em folhas de jornal

Eddy Posthuma de Boer (1931-2021) | Edição 222, Março 2025

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O fotógrafo Eddy Posthuma de Boer costumava definir o próprio ofício com uma frase curta e um tanto utópica: “Estou à procura do mundo como realmente é.” Talvez o holandês soubesse que nenhuma criatura sobre a Terra – dos humanos às capivaras e azaleias – conseguirá decifrar por completo os enigmas do planeta. Mesmo assim, ele passou quase oito décadas tentando.

Natural de Amsterdã, Boer nasceu em maio de 1931 e morreu em julho de 2021. Ganhou a primeira câmera na infância e, nonagenário, ainda continuava de olhos bem abertos para o que julgava ser a realidade. Só abdicou de fotografar à beira da morte. Com Ed van der Elsken e Johan van der Keuken, virou um dos maiores nomes da chamada “fotografia humanista” na Holanda. O movimento de origem europeia – que se fortaleceu ao longo dos anos 1950 – almejava documentar a rotina de adultos e crianças comuns, notadamente os mais pobres, sob um viés lírico, solidário e às vezes cômico. Distinguia-se do fotojornalismo por registrar o banal e não o extraordinário, seja nas cidades, seja no campo. Os fotógrafos adeptos da corrente priorizavam a luz natural e pretendiam captar tanto as emoções dos retratados quanto as peculiaridades do cenário que os rodeava.

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