CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2024
Cidade fantasma
Refugiados climáticos deixam Muçum, após terceira inundação
Camille Lichotti | Edição 213, Junho 2024
O Hospital Beneficente Nossa Senhora Aparecida estava lotado na noite de 1º de maio – não de pacientes. Como era o único estabelecimento público com gerador em Muçum, foi ali que se refugiaram mais de cem pessoas. A cidade de 4,6 mil habitantes, a 200 km de Porto Alegre, ficara completamente às escuras depois das chuvas torrenciais que desabaram sobre o Rio Grande do Sul naquela noite.
Nessa inundação, a terceira a afligir o município em menos de um ano, Muçum foi engolida pelas águas do Rio Taquari e chegou a ter 80% da zona urbana destruída. Numa foto que se espalhou nas redes sociais, só era possível identificar, em meio ao mar de lama que cobria a cidade, a copa de algumas árvores e o teto de um posto de gasolina.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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