O ministro Gilmar Mendes (quarto, da esq. à dir.) e Carlos Ivan Simonsen Leal, presidente da FGV (quinto), em um seminário no Rio: a PF batizou a operação de Sofisma para mostrar que a alardeada credibilidade da fundação é enganosa CRÉDITO: ALLAN DE ABREU_2023
“Um poder político extraordinário”
Como a FGV enterrou investigações de corrupção de seus diretores – e os investigadores acabaram sendo investigados
Allan de Abreu | Edição 210, Março 2024
Nos últimos dias de junho do ano passado, as festas mais animadas do XI Fórum Jurídico de Lisboa, um evento que reúne a elite econômica, política e jurídica do Brasil do outro lado do Atlântico, aconteceram entre restaurantes e bares da capital portuguesa. Em alguns desses eventos, havia duas presenças notórias: o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e o economista Carlos Ivan Simonsen Leal, presidente da Fundação Getulio Vargas (FGV), ambos patrocinadores do encontro em Lisboa*.
É durante o Fórum Jurídico que Gilmar Mendes, o mais político e belicoso ministro da Corte, exibe sua figura de ministro poderoso, a tal ponto que o evento ganhou o jocoso apelido de Gilmarpalooza. A ocasião, porém, é ainda mais especial para a FGV e Simonsen Leal, um senhor alto, cabelos ralos e rosto pálido. Fundação respeitada pela produção acadêmica, a FGV é um sinônimo de prestígio em áreas que vão da economia à administração pública.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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