CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2024
Cores íntimas
A artista cearense que retrata suas ex-namoradas
Tatiane de Assis | Edição 209, Fevereiro 2024
Azuhli demorou a se assumir como pintora. A primeira tela em que se exercitou, em 2015, foi presente de uma namorada que tentava arrancá-la da hesitação. “Ela foi ao Centro de Fortaleza, comprou tinta, pincel, e me disse: ‘Agora pinta’”, lembra a artista cearense. “Era uma tela grande, de 1 metro de altura por 80 cm de largura. Ficou lá em casa por meses, mas depois consegui fazer.”
O trabalho foi intitulado O monstro que nasce quando o amor acaba. Traz uma figura de gênero não identificado, sentada em uma cadeira. Sua expressão e postura transmitem dor. “Acho que é meio um autorretrato”, diz a pintora. No mesmo ano em que o relacionamento terminou, Azuhli pintou outra tela, A gente. No lugar das cores vibrantes que costuma utilizar, adotou tons preto, azul-petróleo e branco.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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