CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2023
CRISPR na quebrada
Uma assembleia popular discute manipulação genética
Bernardo Esteves | Edição 205, Outubro 2023
Produtora cultural da Ceilândia, no Distrito Federal, Lívia Magalhães é mãe solo de dois filhos, tem 30 anos e ensino médio completo. “Sou empreendedora, cantora, poetisa, projetista, um pouco de tudo”, define-se. Magalhães é uma das 26 pessoas que, em junho e julho, se reuniram remotamente para discutir sobre engenharia genética. Durante três semanas, eles conversaram com especialistas, viram vídeos, ouviram áudios e trocaram ideias sobre a manipulação genética de alimentos. “Fiquei encantada com o método CRISPR”, diz Magalhães.
Sigla em inglês para Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas, esse método é um conjunto de ferramentas que revolucionou a engenharia genética na última década. Permite manipular com grande precisão sequências específicas do genoma de vários organismos, como uma tesoura e cola em escala molecular. Entre outras aplicações, a técnica está na base de uma nova geração de terapias contra o câncer e já foi usada para produzir grãos resistentes a pestes ou à seca.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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