CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2024
Cuidando dos mortos
Um médico patologista enfrenta o preconceito contra a dissecção de cadáveres
Artur Maciel Rodrigues | Edição 220, Janeiro 2025
“Como você vai?”, pergunta um colega ao médico Anderson da Costa Lino Costa. Ele responde com o humor próprio de seu ofício: “Vou vivo.” O diálogo acontece em um dos corredores do Serviço de Verificação de Óbito (SVO), em São Paulo. Lá são feitas, em média, sessenta necropsias por dia, de segunda a sexta – 15 mil por ano. O processo inclui a dissecção e a análise dos órgãos, a devolução dessas vísceras ao corpo e a sutura do cadáver.
Embora esteja instalado em um prédio da Faculdade de Medicina da USP, nas adjacências do Hospital das Clínicas, o SVO – onde Lino Costa trabalha desde 2000 – é um instituto estadual independente da universidade. O médico também está vinculado ao Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
ASSINE