Colaboradores, fornecedores e consumidores Ambev: conexões que geram oportunidades, crescimento econômico e provam que ninguém chega lá sozinho CRÉDITO: DIVULGAÇÃO AMBEV
Ecossistema de oportunidades
Promovendo inclusão produtiva, programa da Ambev com objetivo de impactar economicamente a vida de milhões de brasileiros já acumula histórias de sucesso
| Edição 216, Setembro 2024
Conteúdo patrocinado pela Ambev, publicado na edição 216 da piauí
“Eu tenho mais de 60 anos. Posso me inscrever?” Foi com essa abordagem que Jaime Costa deu o primeiro passo até se tornar representante de negócios no Centro de Distribuição da Ambev em Cubatão, região metropolitana da Baixada Santista. Ele buscava uma vaga no Bora Zé, programa empenhado em formar entregadores do Zé Delivery e seus familiares, além de ser uma ponte para contratações na própria estrutura da companhia.
A resposta para Jaime: “Você quer? É a única coisa que precisamos saber”, relembra Indianara Dias, gerente de Impacto Positivo da Ambev. “Venho de uma família humilde, trabalho desde os 9 anos de idade, carregava sacolas na feira. Passei pela Varig e cheguei a ser dono de transportadora. Quando conheci o Bora Zé, estava trabalhando como entregador e moto-táxi. Um ano atrás, eu comprava quatro salsichas, uma para mim e o restante para minhas três cachorras. Hoje, a geladeira está cheia. Tive que lutar muito, mas sempre agi com responsabilidade e ética e acho que foi isso que a empresa notou em mim”, conta o representante. “Ajudamos essas pessoas a reconhecer o conhecimento que já têm de suas vivências”, destaca Indianara, lembrando ter recebido relatos de colegas sobre um sorridente Jaime em seu posto de trabalho.
O Bora Zé é um dos mais de 40 projetos nascidos a partir do Programa de Inclusão Produtiva da Ambev. Iniciado em 2022, promete impactar a vida de 5 milhões de brasileiros até 2032. “Interligamos um ecossistema com diversos projetos, organizações e públicos diferentes. O objetivo desse sistema de funcionamento e gerencia- mento é aproveitar o melhor de cada iniciativa, garantindo uma confluência entre os projetos e as pessoas que participam”, explica Wallace Ribeiro, gerente de Impacto Social e líder do programa.
O processo se apoia em três pilares. Qualificar profissionais; oferecer apoio financeiro ou estrutural para despertar competências para empregabilidade e empreendedorismo para a geração de renda; conectar pessoas às oportunidades, contribuindo para a redução da pobreza. Nesse último quesito, a companhia replica agora, em grande escala, o que já pratica em sua cultura organizacional. Indianara Dias, há sete anos na empresa, é cofundadora do grupo de afinidade com foco na pauta racial e criadora do grupo focado em mulheres negras. “Vim da periferia do Rio de Janeiro. Essa trajetória me deu um olhar muito atento para criar pontes e jogar luz sobre histórias incríveis.” Origem e propósito parecidos com os de Wallace. “Também cresci em um lugar carente, filho de mãe solteira, tive a oportunidade de estudar, crescer, e sempre quis passar adiante o que aprendi e construir algo que ajudasse pessoas que viessem de lugares como o que eu vim. Estou conseguindo realizar meu sonho em conjunto com a Ambev.”
Até aqui, os números do Inclusão Produtiva têm superado as estimativas: 500 mil pessoas já foram alcançadas, o que gerou uma renda indireta de mais de 620 milhões de reais. Entre as dezenas de iniciativas, há apoio a ongs com foco em geração de renda, suporte a cervejarias artesanais, oferecimento de condições dignas a ambulantes e catadores que atuam em eventos e qualificação para quem empreende em pontos de venda.
Além das ferramentas de aprendizagem e da rede de contatos, são oferecidas soluções financeiras, como programas de pontuação, microcrédito personalizado e bolsas de estudos — o Bora Zé contemplará 2 mil incentivos para supletivo do ensino fundamental e médio, viabilizado pela Analytica Ensino. Esse benefício foi motivado pela constatação de que 40% da base de entregadores não havia completado a formação básica.
A consultoria Oppen Social, especializada em medição de impacto, atesta que os participantes dos programas da Inclusão Produtiva da Ambev têm 24% mais chance de conseguir um emprego. Número que deve aumentar, com o lançamento do Bora Empregar, parceria com a Catho, marketplace de vagas de trabalho. O projeto conecta o ecossistema de 1 milhão de pontos de venda cadastrados no Bees (plataforma de comércio eletrônico entre varejistas e fornecedores) a uma área exclusiva e gratuita do site da Catho, otimizada por inteligência artificial.
“Funcionamos como um facilitador para as empresas, colocando nossa tecnologia a serviço delas, em sua maioria micros e pequenas”, explica Christiana Mello, diretora da unidade de recrutadores da Catho. “Essa parceria chega em um momento muito importante, quando estamos consolidando esse movimento gigante para gerar oportunidades reais para brasileiros e brasileiras”, celebra Carlos Pignatari, diretor de Impacto Positivo da Ambev.
O ex-motoboy Chrystian Cosme, contratado pela Ambev em novembro de 2023, descobriu a vocação para vendas após participar do Bora Zé. “Passei dez anos em cima de uma moto e não havia me dado conta de que o entregador é um vendedor. Temos que ser carismáticos e conhecer o produto que entregamos, até mesmo para elogiar a escolha do cliente”, comenta ele, por videoconferência do celular, dentro do carro, pronto para iniciar o expediente de visita aos clientes.
Chrystian fazia entregas à noite e ficava em casa durante o dia, enquanto a esposa trabalhava. Assim, revezavam nos cuidados do filho Bryan, hoje com 2 anos e meio. Cursou o Bora Zé entre fraldas e mamadeiras, durante as aulas on-line, acessadas pelo celular na plataforma do programa. “As aulas ao vivo permitiam tirar dúvidas e fazer atividades em grupo. Um modelo que hoje funciona bem no trabalho, porque temos metas na equipe. Tem que ter essa comunicação aberta, saber lidar com pessoas”, destaca ele, que faz uma ponderação sobre sua contratação pela Ambev. “O curso ajuda, mas não coloca a gente lá dentro. Tem que fazer por onde.”
Entre as mais de 2,4 mil pessoas impactadas (direta ou indiretamente) pelo Bora Zé, a renda mensal cresceu 56%, em média. No caso de Chrystian, a grande diferença foi migrar de uma receita variável para a estabilidade e, principal- mente, acessar os benefícios. Já na primeira semana no novo emprego, precisou acionar o convênio médico — o filho ficou internado por cinco dias com uma infecção bacteriana. Além desse suporte, ganhou qualidade de vida. “Agora tenho rotina, consigo conciliar minha vida de pai e de marido com a profissão.”
O conteúdo do curso de 60 horas do Bora Zé prepara os egressos para diferentes situações. Orienta sobre processos seletivos e comportamento em entrevistas; ensina a elaborar pitches de venda e estabelecer metas; e estimula a proatividade e o comprometimento. “É uma imersão robusta em quatro semanas para que essas pessoas consigam trabalhar, seja com a gente, com parceiros do programa ou em qualquer outra vaga que pleitearem”, define Indianara Dias. O fluminense Lenon Suzano é um exemplo de recrutamento externo: foi contratado como consultor de vendas de automóveis em uma multinacional, após dez anos como motoboy. “Agora tenho plano de carreira e meus colegas estão me estimulando a fazer faculdade. Quando era adolescente, perdi a chance de ser atleta e de ser militar. O Bora Zé eu não deixei passar: abriu meus olhos para enxergar oportunidades.”
A Inclusão Produtiva da Ambev também se dispõe a quebrar tabus no mercado de trabalho, abrindo espaço para as mulheres em funções historicamente atribuídas à mão de obra masculina. Foi pelo programa Mulheres na Manutenção Predial que Evânia Félix ingressou na companhia como eletromecânica. “Já trabalhei em casa de família, em restaurante, mas meu sonho era trabalhar em uma empresa. Não tive oportunidade antes porque fui mãe solo muito cedo”, conta. Com os filhos crescidos, a chance chegou por meio de um projeto de assistência social, que indicou o curso da Ambev. E logo ela foi contratada. “Nem acreditei! Pulava de alegria.” Tirou habilitação, vai ao trabalho de carro e tem mais tempo (e recursos) para o lazer com os filhos, os jovens Esdras Felipe e Bruna Roberta. Evânia credita seu sucesso ao acolhimento e incentivo que recebeu. “O que me deu força foi que eu sabia que tinha alguém que acreditava em mim. É um programa que abraça. Muitas mulheres precisam disso.”
Outro programa voltado ao público feminino é o Bora Empreender com Comida, parceria com a Rede Mulher Empreendedora, que impactou cerca de 2 mil mulheres no Maranhão e em Pernambuco nos últimos dois anos. As quarenta que mais se destacaram receberam recurso financeiro e acompanhamento individual, como Rosa Santos, que transformou o quintal de sua casa em um restaurante, na cidade de Igarassu, litoral norte pernambucano. “Já vejo a necessidade de melhorar, ampliar. Hoje, tenho uma visão de futuro, de planejamento, que não imaginei que poderia existir. As pessoas já me incentivavam, mas eu não sabia como empreender. Quando conheci o Bora, as portas se abriram”, conta a cozinheira, famosa pelo seu pão artesanal de batata-doce.
Grata pelos resultados dessa qualificação em sua vida, hoje Rosa compartilha seu conhecimento como educadora social. Entre o público alcançado, chegou a dar aula em um presídio para mulheres trans. “O que eu aprender, eu quero ensinar. Meu negócio pode aumentar o quanto for, mas quero chegar a outras pessoas, gerar oportunidades.” Passado e futuro a estimulam nesse intuito. “Cresci na extrema pobreza, minha jornada foi bem difícil. Hoje, tenho a certeza de que meus filhos não vão passar pelos trajetos que passei. Consigo garantir que tenham acesso à educação.”