Nossa parceria com o Estadão é posta em debate pelos leitores
| Edição 48, Setembro 2010
COMUNICAÇÃO INTEGRADA
A matéria que aborda a batalha eleitoral na internet (“Pancadaria na rede”, piauí_47, agosto 2010), comete um erro gravíssimo: trata a internet como apêndice da televisão. Ora, se é a internet o meio pelo qual candidatos podem “batalhar” de maneira mais igualitária, não faz sentido só acompanhar os candidatos televisivos ao falar da web. Isso se agrava quando vemos que Plínio de Arruda Sampaio é o candidato que mais tem demonstrado dinamismo na utilização deste meio, evidenciando as características que a internet tem e a televisão não tem. Basta vê-lo no YouTube conclamando a juventude a tuitar na sua rede no Orkut, Facebook, “hackeamento do debate” Folha/UOL, enfim… O exemplo de Plínio não é único, vale para todos os candidatos. E para os comentaristas políticos de plantão não vinculados a essa ou aquela candidatura – os que usam a internet para substanciar o processo democrático para além da escolha plebiscitária entre os “favoritos” da Vox Populi, do Ibope, do Datafolha e outros institutos cujos donos nem conheço…
Ao subordinar a internet à televisão, a matéria acabou também se subordinando à tevê. Assim, a “ditadura da tevê” segue firme, sem que percebamos o quanto somos responsáveis por ser ainda ela quem dá as cartas no processo político. Na era da comunicação integrada, da construção de redes multi-instrumentais de distribuição e acesso a ideias, a piauí foi careta e escorregou na casca de banana do conservadorismo.
Falem sobre quem está usando a internet para algo a mais, não sobre quem está usando a internet burocraticamente. Não precisamos de mais matérias de conservação dessa rocha que se tornou o processo eleitoral. Vocês falaram de “cúpula”, de “especialistas”, de “marqueteiros políticos”, de “aparelhamento”… Mas na internet não existia nada disso. Foram vocês que olharam, com os olhos de sempre.
GUILHERME PIMENTEL_RIO DE JANEIRO/RJ
MENTE EXPLOSIVA
RENATO TAMBELLINI_SÃO PAULO/SP
ATÉ AS SENHORAS DE SANTANA ESTÃO LENDO…
Foi muito divertido ler a Folha de S.Paulo no domingo, 1º de agosto deste 2010 modorrento. Na página 16 há uma nota com o título “Saiu Fordlândia, um grande livro”. Adiante, na página 22 do caderno Ciência, o jornal penetra “fundo” na vida e carreira de Artur Ávila.
Fecha o pano, voltem as fitas. Piauí_40, janeiro 2010 (“Artur tem um problema”) e piauí_45, junho 2010 (“Matem todos os americanos”) trataram dos mesmos assuntos com perfeição, riqueza de detalhes e, o principal, com estilo. Pelo menos resta um fio de esperança. Quem sabe nos próximos anos a nossa emergente classe média poderá ler no jornal algumas resenhas de edições antigas da piauí.
ADALBERTO CAPELLI_OSASCO/SP
GOTLIB
Ao perceber que havia Gotlib na piauí_47 (agosto 2010) prometi a mim mesmo não ler as páginas 76 e 77.
Adoro ler a revista (alô, srs. anunciantes: leio até as páginas de propaganda). O artigo “Data venia, o Supremo” está supremo. Lida a revista, já ia guardá-la quando sucumbi e acabei lendo as duas páginas mencionadas. Mania de não guardar a revista de forma incompleta. Agora não tenho adjetivos pra qualificar como me senti: pasmo, bestificado, irado, aturdido… É ruim demais esse Gotlib. Na próxima edição, ainda na banca, verei se tem o autor. Tendo (alô, srs. anunciantes) deixo-a por lá. Estão avisados.
LUCAS COTRIM_CAMPINAS/SP
APEDREJANDO PÔNEIS
CRISTINA LEITE_BELO HORIZONTE/MG
CHOQUE PHOTOS
Lendo a seção Portfólio da edição 47 (“Na corda bamba, mano”, piauí_47, agosto 2010) sobre esses suburbanos que praticam atos criminosos pichando prédios que outros terão que pagar para limpar, me deu vontade de fazer treinamento para franco-atiradora. Refleti mais vinte segundos e resolvi lançar a seguinte pergunta: por que essa gente não usa essa agilidade toda para lavar janelas?
ANGELICA LARA_SÃO PAULO/SP
OS DICIONÁRIOS DE MEU PAI
TIAGO M. BEVILAQUA_INDAIATUBA/SP
CLASSE ECONÔMICA
LUCIANE ROSSI_JANDIRA/SP
SUPREMO
Além de parabenizar Luiz Maklouf pela reportagem (“Data venia, o Supremo”, piauí_47, agosto 2010), gostaria de contribuir com uma informação. Atualmente, os ministros do Supremo podem contar não só com um juiz “assessor”, mas com dois. A lei 12019, do ano passado, permite a convocação de um segundo magistrado de carreira para funcionar como “juiz instrutor” em processos criminais.
A reportagem deixa entender que os ministros embolsam 26 mil reais por mês, e ainda levam para a aposentadoria o dinheiro que eventualmente recebem do Tribunal Superior Eleitoral, bem como a gratificação pelo exercício do cargo de presidente da corte. Na verdade, a gratificação pelo exercício da presidência e o jetom do tse não são levados para a inatividade. E a remuneração líquida dos ministros não passa da casa dos 16 mil reais, devido aos descontos obrigatórios. Se esse valor é muito ou pouco, caberá aos leitores julgar.
JULIANO TAVEIRA BERNARDES_GOIÂNIA/GO
INDIO DA COSTA
GUSTAVO LAET GOMES_SÃO PAULO/SP
LEITOR FELIZ
Queridos jornalistas, cartunistas, redatores, administradores, porteiros, motoboys, revisores e o escambau a quatro: renovei a assinatura por outras 36 edições. Está se tornando cada vez mais raro eu gastar dinheiro (o pouco que tenho) com alegria, entusiasmo, prazer.
Em frente!
FRANCISCO ENO_ITU/SP
NOTA DA REDAÇÃO: O escambau agradece. Itu é grande.
ESTADÃO
ENIO RODRIGO_CAMPINAS/SP
HERMES FONSECA_OSASCO/SP
LYDIA DAVIS
NOTA DA REDAÇÃO: O crédito para Rubens Figueiredo está na página 6, na lista de colaboradores da edição 47.