O poeta e as copas das árvores do Prospect Park, no Brooklyn, onde ele está morando: “Assistir tão de perto a vitória de Donald Trump me traz sentimentos confusos e pensamentos sombrios” CRÉDITO: NATÁLIA ALVES_2024
Não sei se me viram, mas eu os vi
Entre a poesia e a política durante as eleições americanas
Ricardo Aleixo | Edição 219, Dezembro 2024
10 DE OUTUBRO, QUINTA-FEIRA_Uma longa temporada em Nova York, que se inicia no período imediatamente anterior às eleições presidenciais nos Estados Unidos, tem o poder nada pequeno de me deslocar da habitual posição de observador distanciado das disputas pela Casa Branca para a de observador próximo demais da eclosão de alguma grande transformação política e social que impactará toda a população mundial.
Penso nas anotações que farei a partir de hoje, em forma de diário, sobre o que chamo de “temporada americana”. Vim para atuar como pesquisador visitante do Departamento de Estudos da Performance da Universidade de Nova York, um meio de juntar materiais das mais variadas procedências para projetos literários, artísticos e acadêmicos, uma vez que continuo a atuar, a distância, como professor visitante do Instituto de Letras da Universidade Federal da Bahia.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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