Mãe de primeira viagem e celebridade que rala, Fernanda se equilibra entre os filhos e os múltiplos compromissos. “Publicidade dá mais dinheiro do que passarela ou tevê” FOTO: ROGÉRIO REIS
Entre fraldas e blush
Dias sem glamour, sem maquiagem e sem flashes de uma mãe de gêmeos que rala pacas
Fernanda Lima | Edição 28, Janeiro 2009
Nem só de glamour vive a gaúcha FERNANDA LIMA. Mãe de gêmeos de 7 meses, a modelo, atriz e apresentadora de TV de 31 anos tem uma rotina agitada e cansativa. Formada em jornalismo, ela narra suas observações do dia-a-dia.
SEGUNDA-FEIRA, 1 de dezembro de 2008
5H00_Um choro forte me fez saltar da cama e sair dando joelhadas nos móveis. Coleciono manchas roxas de tanto dar porrada nas quinas, na altura dos joelhos. Botei na sala o baú que enfeitava meu quarto. O abajur que ficava na mesinha-de-cabeceira também já se foi num desses meus saltos instintivos de mãe.
Os sete meses de meus filhos gêmeos João e Francisco me ensinaram que, normalmente, o choro indica a hora de trocar uma ou duas fraldas. Ou de dar uma ou duas mamadeiras. Hoje era isso. Voltei para a cama. De uns dias para cá, percebi que a babá é capaz de fazer esse trabalho sozinha, enquanto continuo dormindo. Há um mês, descobri o poder dos tampões de ouvido. Acho que tenho de todos os tipos: aqueles de silicone que servem para natação e os de esponja que as aeromoças dão nos aviões. Pego alguns toda vez que viajo. Quando meu estoque acaba, apelo para o algodão mesmo.
6H00_João e Francisco acordaram em definitivo. Dei um cutucão no pai deles e pedi, manhosa, que fosse ver como estavam.
7H30_Me dei ao luxo de levantar bem mais tarde do que o normal. Os tampões são bem eficientes. Passei nove meses com insônia, enjôo e azia noturna, fora os quatro meses e meio sem dormir, amamentando madrugadas a fio. Preciso repor as energias. Ainda sinto muito sono. Rodrigo, um paizão de verdade, foi trabalhar, e eu fiquei com as crianças.
A sala de casa virou um grande playground, com tatames coloridos e todos os tipos de brinquedos espalhados pelo chão. Gosto de reciclar as coisas e transformá-las em objetos de diversão. Há um tempo, enchi garrafas plásticas de vários tamanhos com milho, lentilha e grão-de-bico e dei para os meninos brincarem. As menores fazem um sucesso danado como chocalho, e a maior, que é de 6 litros, do tamanho deles quando estão sentadinhos, é um tambor maravilhoso. Gosto também dos brinquedos usados que ganhamos dos amigos que têm filhos mais velhos. Brinquedos novos são caríssimos e perdem seu valor em segundos. Até hoje, o único que comprei – um laptop que acende e toca música – atraiu a atenção dos meus guris por poucos segundos e foi trocado por uma colher de plástico.
O dia estava feio. Não teve passeio matinal. Enquanto fiquei com eles, a babá preparou o almoço. O menu diário é sopa de legumes feita na panela de ferro, com quinua – um grão super-rico em proteínas, plantado nos Andes – ou arroz integral empapado. Às vezes, eles também comem frango ou músculo orgânico, misturados na sopa. Não estudei nada sobre alimentação de bebês, mas acho que eles não precisam comer carne todos os dias. Estou procurando uma nutricionista para me guiar melhor.
11H00_Almoço das crianças. Eu e a babá dividimos o trabalho. Cada uma fica responsável por um. Dona Lurdes, nossa cozinheira-arrumadeira, faz de tudo para animá-los a comer. Hoje ela cantou e até dançou para ajudar no processo. Deu certo.
11H40_Hora do banho. Sabonete, duas toalhas, roupinhas… a logística perfeita para um banho de gêmeos dar certo. Como estava com tempo, entrei no chuveiro com um, dei banho e o enrolei na toalha, enquanto a babá me trazia o outro peladinho dando gargalhadas. As cifras na vida dos gêmeos são homéricas. Gastamos em média dez fraldas por dia, com cada um. No mês, são 600. Um pacote com vinte custa 25 reais, o que dá 750 reais por mês só de fralda.
Depois do banho, eles dormiram. Saltei na bicicleta e fui para o balé. No primeiro dia em que conversei com o professor francês, ele pegou no meu corpo e foi taxativo: “Você precisa de tônus. Está com a bacia frouxa!”
Gosto das aulas, mas nunca imaginei que, com o passar dos anos, tivesse embrutecido tanto os movimentos. Não foi fácil começar, mesmo com a boa vontade do professor. Vivo correndo atrás das outras bailarinas para não fazer feio.
Na volta para casa, chovia muito. Encarei e até achei graça, mas não parei de me questionar por que as bicicletas não vêm mais com pára-lamas… Cheguei toda respingada. Um banho quente e fui em busca do arroz empapado com o feijão das crianças. Coloquei uma farofinha, fritei um ovo, cortei um tomate – e foi.
16H00_Sempre de bicicleta, passei no supermercado e, depois, numa loja de colchões. A mulher do Gabriel, o Pensador, me indicou um colchão fabricado pela Nasa que seria ótimo para o sono dos meninos. Francisco não tem problemas para dormir, mas João é muito ligado. Não relaxa completamente. Cheguei à loja e tive que entrar com bicicleta e tudo. Fiquei com medo de perdê-la para possíveis pivetes. O tal colchão custava 1 800 reais cada um. Desanimei. Quando já pensava em voltar para casa, a vendedora me ofereceu um genérico por 500. Topei na hora. Meus filhos merecem tudo de bom, mas, se eu não me controlar, gasto demais.
18H00_Cheguei em casa a tempo de dar o jantar. Iniciamos o mesmo ritual da hora do almoço, só que terminamos no berço.
19H00_Silêncio na casa. Peguei a bicicleta e fui jogar vôlei de praia. Comecei na semana passada e me divirto demais. Aprendi que, se você colocar uma das pernas na frente, a manchete sai certinha. Se elas ficarem paralelas, a bola toma um rumo louco. Agora meu objetivo é aprender a cortar!
21H00_Jantar a dois na esquina. Deve existir, sim, vida amorosa após o nascimento de gêmeos. Sair para comer um temaki é um programão.
23H00_Apagam-se as luzes. Quem tem criança em casa sabe: não dá para resistir até muito mais tarde.
TERÇA-FEIRA
6H30_Enquanto tomava uma xícara de café-com-leite e tapioca com coco, vi pela janela um paparazzo atrás de uma árvore. Ele também me viu e tentou se esconder. Foi patético: a árvore escolhida era mais fina do que ele.
8H00_Tive uma gravação para o programa Por Toda a Minha Vida. Cheguei ao Leme, entrei num pequeno trailer com outros três profissionais, fui maquiada, penteada, troquei de roupa enquanto decorava meu texto e segui para o calçadão, encaixando o microfone no cinto. Camarim ambulante, o trailer é uma evolução e tanto para quem faz tevê. O ator não precisa ir se arrumar na emissora. Além disso, serve de casulo protetor quando estamos num ambiente confuso ou perigoso.
10H00_Chegando ao set, vi que nossa equipe passava de quinze pessoas, o que chama a atenção. Começamos a gravar no exato momento em que um carrinho que aspira a sujeira do asfalto foi acionado, fazendo um barulhão. Esperamos um pouco. Repassei meu texto na cabeça até ouvir outro “gravando!”. Não tenho problemas para memorizar textos. Hoje foram umas quinze linhas, fácil.
O diretor reviu a cena e descobriu uma sombra no meu nariz. Normalmente tenho problemas com o cabelo, que voa na parte de trás, cola no gloss ou faz um chifre. Dessa vez foi o nariz. “Mais uma! O.k., ótima! Agora a boa, hein!” Alguém pode me explicar porque os diretores dizem que foi ótimo e sempre acabam pedindo mais uma, duas, três repetições?
12H30_Me vesti correndo para ir embora. Olhei no relógio e me dei conta de que não chegaria a tempo ao aeroporto do Galeão. Precisava ir a Porto Alegre para apresentar um evento e entregar o prêmio dos melhores do ano segundo a revista Sul Sports. Decidi pegar um vôo mais longo, que faria uma escala em São Paulo. Descolei uma horinha para ir ver meu filhote que estava febril. Fiquei uma hora com ele – um luxo.
Entrei no avião e sentei na primeira fila para sair assim que a porta abrisse. Ganhei um colarzinho de prata com o símbolo da “Bola de Neve Church” de uma pastora que sentou ao meu lado. Sou católica, não praticante e curiosa por conhecer outras religiões. Ela logo me convidou para visitar o seu culto e eu comecei a interrogá-la. Perguntei tanto que quase duas horas depois olhei pela janelinha e vi que o avião estava baixando. “Que água é essa?” A aeromoça explicou que estávamos descendo no Rio porque São Paulo estava sem teto. Desci sabendo que perderia minha conexão para Porto Alegre. Em quinze anos de carreira, foi a primeira vez que perdi um trabalho por atraso.
QUARTA-FEIRA
4H00_O choro de Francisco mostrava que ele tinha algo além de fome ou fralda cheia. O termômetro acusou 39 graus. Fui para debaixo do chuveiro com ele. Ficamos lá uns 25 minutos. Mesmo com frio, sono e um pouco de medo, me senti muito forte. Quando senti a pele dele mais fresca, saí do banho e tirei sua temperatura: 36.9. Maravilha! Dormimos juntos por alguns minutos na rede.
8H00_Quando ele acordou, reparei que seu rosto estava repleto de manchinhas vermelhas, que logo se espalharam pelo corpo. Liguei para o pediatra. “Ah! Não se preocupe: é exantema súbito.” Antena o quê? “Uma virose que só aparece depois que a febre vai embora. A encubação pode durar até dez dias, e o João pode pegar também.” Desliguei desanimada.
11H00_Reunião de pauta da Globo numa livraria no Leblon. Tenho contrato fixo com a emissora desde que a Angélica teve seu primeiro filho. Entrei para substituí-la e fui ficando. Todo mundo chegou à reunião com cara cansada, de quem havia acordado há apenas uma ou duas horas. Para mim, já era quase pôr-do-sol, estava a mil por hora, vivíssima! Com a meteorologia checada, concluímos que não gravaríamos no sábado nem no domingo. Nessa profissão, dependemos tanto do tempo quanto um cara que salta de asa-delta.
13H00_Passei em casa para ver se estava tudo em ordem. Logo tocou o interfone. Era o motorista que vinha me buscar para fotografar a capa da Claudia. Quando entrei no carro, fui recebida pela repórter, que me entregou um gravador daqueles antigos para segurar. Iniciamos a entrevista: filhos, responsabilidades, projetos para 2009, casamento, estilo de vida… Nessas horas vejo que não tenho o que falar, que minha vida só tem importância para mim e minha família. Tento me empenhar, dar respostas novas, quebrar estereótipos que eu mesma devo ter criado.
Chegando ao estúdio, passei pela cozinha e enchi um copo plástico com um feijão quentinho e cheiroso. Duas horas de maquiagem, cabelo e mais uma prova de roupa – vestidos longos nas cores azul e verde. Meu maquiador sabe direitinho como me deixar bonita, mas demora uma hora e meia para terminar o serviço. Na hora de fotografar, eu já estava exausta. Eram cinco da tarde e meu relógio biológico me dizia que já deveriam ser onze da noite. Fiz um exercício para soltar o rosto e entrei no estúdio. Enquanto fotografava, chegou um bolo com cobertura de chocolate irresistível. Eu só queria acabar a foto e cair matando nele. Depois de muitas poses, “caras de feliz” e ventilador bombando em cima de mim para dar efeito, terminei o trabalho.
Às vezes esses “efeitos” são duros de suportar. Quando passam fita-crepe no corpo para que a roupa caia bem, é uma depilação forçada. Quando ajustam a roupa com pregadores e a gente não pode se mexer, também é duro. Fora que vivem enchendo o sutiã de algodão e passando spray de cabelo na perna para que o músculo ou a pele – sei lá – fiquem durinhos.
QUINTA-FEIRA
7H30_As crianças brincavam na sala quando chegaram o cara que instalaria o ventilador de teto (50 reais) e o que trocaria o boiler que estourou (250 reais).
Não é lenda essa coisa de modelo ganhar roupa, tênis, maquiagem, creme etc. para usar. A Nike me manda tênis, a Nívea me manda cesta de produtos, ganho biquíni, vestido e acho que esse é um marketing inofensivo. Não posso ficar repetindo roupa em eventos com fotógrafos.
11H00_Dei almoço, banho e botei os guris para dormir. Comi alguma coisa – talvez uma caixa inteira de lichia – e fiquei aguardando a primeira equipe de foto. Só recebo em casa pessoas em quem confio. Pedi a presença do menor número de pessoas possível. Vieram quatro: maquiador, assistente, fotógrafo e seu assistente. Perfeito. Adoro equipes enxutas. Fizemos a maquiagem, o cabelo e as fotos em quatro horas. Eu estava quase nua, fantasiada com uma túnica de onça, um cabelo meio black power e uma maquiagem bem forte nos olhos. Meus filhos riram bastante quando me viram. Como as fotos foram feitas numa parte comum do prédio, que fica no 1º andar, de vez em quando eu olhava para cima, preocupada com os vizinhos, e via uma cabecinha espiando essa loucura que chamo de trabalho.
Chegou a segunda equipe de fotos do dia. Fizemos a continuação de uma foto que começou quando eu ainda estava grávida. Esse material não vai ser publicado por enquanto. Tiro a roupinha dos bebês, e o fotógrafo pede que eu também tire minha blusa. Como o conheço bem, aceito o pedido e abraço meus dois filhos contra o peito para o clic. Suamos muito até ele se dar por satisfeito. Posar nua já não é tão complicado. A vergonha dura uns minutos e depois passa.
17H00_Hora do almoço, com tempo de sobra para comer até o próximo compromisso. Fiquei com as crianças um pouco e saí de bicicleta. A vantagem de estar na Zona Sul e de ter uma bicicleta é que não vejo meu carro há umas duas semanas.
18H00_Cheguei ao estúdio para gravar um spot de rádio para uma campanha de Natal de um shopping center. Recebi três folhas com o texto. O cara arrumou a altura do microfone, me deu os fones em que eu escutaria a minha própria voz e instruiu: “Bem feliz! Pra cima! Vibrante!” Aqueci a voz com alguns exercícios, fiz cara de feliz, abri um sorrisão e mandei ver. Em poucos minutos, encerramos o trabalho. Repetimos cerca de sete vezes cada texto com entonações diferentes. Foi rápido. Valeu a pena. Ganha-se um bom dinheiro com publicidade, mais do que com passarela ou televisão.
Cheguei em casa, fiz um lanche com o Rodrigo e fomos ao cinema ver Vicky Cristina Barcelona. Adorei! Leve, solto, livre, sem profundidade, engraçado e em Barcelona. Ah, Barcelona… talvez o lugar mais encantador que já conheci.
SEXTA-FEIRA
5H30_Primeiro choro do dia.
5H32_Segundo choro do dia. Fiquei com um dos bebês e a babá, com o outro. A essa altura da madrugada, não sabia dizer quem estava comigo. Coloquei-o no berço, mas ele continuou chorando. Senti que o negócio era comigo. Deitei no chão e o deitei sobre meu peito. Dormimos mais um pouco até o dia clarear.
10H30_Fomos ao pediatra, que deu vacinas, pesou – cerca de 9 quilos cada um – e receitou vitaminas. No que saímos, um fotógrafo que nos esperava bem na porta disparou seus cliques em nossa direção. Fiz minha cara de paisagem em dia nublado, sem graça e com vergonha das pessoas que olhavam. Continuou atrás de nós e, cada vez que eu olhava, ele se escondia e escondia a câmera, como um bandido esconde sua arma. Quando me dou conta, estou fugindo como alguém que fez algo de errado e teme punição. Caminho mais um pouco e, quando me viro, só vejo um pedacinho da careca dele atrás de uma grade. Aperto o passo, mando a babá se separar de mim e voltar para casa. Tento despistar, descendo a rua errada. Ele vem atrás. Me escondo atrás de um restaurante. A situação é constrangedora. Espero ele se aproximar e dou um susto. “Chega né?” Ele segue seu caminho. Volto para casa.
Fui jantar com o Rodrigo e decidimos assistir ao filme Queime Depois de Ler. Estava tão cansada que apaguei antes do fim.
SÁBADO
Resolvi fazer uma lista de afazeres para a semana que vem. Adoro uma lista.
1. Ligar para a Solimar, a cozinheira que vai fazer a ceia do Natal. Este ano, a fim de evitar aeroportos com marido, duas crianças e babá, inventei que o Natal seria na minha casa. Ano passado fui sozinha para Porto Alegre, mas agora somos cinco.
2. Ligar para seu Joaquim, o estofador. Ele está com duas cadeiras minhas há dois meses e não me entrega. Paguei antecipado…
3. Ligar para a assistência técnica do fogão. Já marquei data e hora uma vez e eles não vieram.
De noitinha, fui para a Globo e gravei o quadro “Menina Fantástica”. É incrível como o jornalismo é totalmente diferente do entretenimento. Tem menos investimento, menos glamour. No Projac, tem artista para todo lado, tem fantasia, cenário, socialização. No jornalismo, é um monte de gente como a gente correndo atrás de notícia. Tudo bem mais sério. O estúdio do Fantástico, que parece imenso na tevê, é um ovo.
DOMINGO
15H00_Peguei um táxi para ir a um estúdio fotografar o catálogo de aniversário de oito anos do meu escritório de agenciamento. O diálogo com o taxista foi hilário:
Eu: “Rua Equador, por favor.”
Motorista: “O.k.” (dando aquela olhadinha no retrovisor)
Instantes de silêncio.
Motorista: “Tu és a Kelly Key, né?”
Eu: “Não, não sou a Kelly Key.”
Motorista: “Tá me enrolando, tu és a Kelly Key sim!”
Eu: “Não, não sou.”
Silêncio e novas olhadas pelo retrovisor.
Motorista: “Pô, você não vai me ajudar não? Sei que você é da televisão, da Globo.”
Eu: “Então… puxa pela memória aí.”
Motorista: “Ai… ai… está vindo! Está vindo!”
Continuei checando meus e-mails, achando graça.
Motorista: “Ah! Você foi aquela pistoleira do faroeste!”
Eu: “Isso… a Diana Bullock.”
Motorista: “Ei… peraí… você não teve filhos agora?”
Eu: “Sim, gêmeos.”
Motorista: “Então dá uma olhada aqui no meu time. Eu tenho cinco!”
E, me mostrando fotos dos filhos com o uniforme do Vasco, seguimos pela cidade trocando figurinhas sobre crianças, meu assunto preferido.
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