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    Estamos Juntos e Família Vende Tudo: produções corretas mas insatisfatórias ILUSTRAÇÃO: CAIO BORGES_ESTÚDIO ONZE_2011

questões cinematográficas

Esgotamento?

Talvez estejamos testemunhando a exaustão de certo gênero de filmes

Eduardo Escorel | Edição 57, Junho 2011

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Enquanto cerca de 75% dos cinemas estavam ocupados por apenas três filmes estrangeiros, em maio, várias produções brasileiras foram desaguadas de maneira quase clandestina. Em regime de liquidação, mesmo as exceções que chegaram a ter lançamento em circuito mais amplo sumiram rapidamente das salas.

É nesse quadro que estreiam Estamos Juntos e Família Vende Tudo, pouco depois de terem dividido, em abril, os principais prêmios do 15º Festival do Audiovisual de Pernambuco. Melhor roteiro, direção e filme, segundo o júri oficial, além do prêmio da crítica, fizeram de Estamos Juntos o grande vencedor do festival.

Apesar de Estamos Juntos, dirigido por Toni Venturi, ter pretensões a drama e Família Vende Tudo, de Alain Fresnot, ser uma tentativa de comédia, ambos guardam características comuns à parte da produção brasileira recente.

 

Fora alguns deslizes, são filmes bem produzidos, de acordo com critérios convencionais – encenação razoavelmente convincente, alto padrão de fotografia e direção de arte, bons atores principais e elenco secundário. Ainda assim, por não terem forma definida, resultam insatisfatórios.

Determinar a causa do baixo interesse da média dos filmes brasileiros é tarefa difícil. Na ausência de conclusões determinando a origem dessa fragilidade, o que pode ser feito é adiantar hipóteses – a má influência da dramaturgia e do padrão visual das novelas; o mimetismo de formas narrativas consagradas pelo cinema dominante; o abismo que separa a experiência pessoal de roteiristas e diretores dos dramas e conflitos da sociedade brasileira; a inexistência de trabalho regular para a maioria dos profissionais do setor; o emperramento burocrático dos mecanismos de financiamento; o artificialismo da economia cinematográfica, e assim por diante.

Nesse quadro adverso – que não apresenta novidade –, é possível identificar ainda carência de energia e rigor, falta de relevância cultural e artística, baixa inventividade, além da insistência em assuntos e formas pouco originais.

 

Apesar de a produção cíclica alternar excesso e escassez de oferta de títulos, nunca se investiu tanto em cinema, no Brasil, quanto nas últimas décadas. Aos recursos generosos, porém, corresponde a falta de planejamento, tanto dos órgãos do governo responsáveis pelo setor quanto das principais empresas estatais patrocinadoras da atividade. Equação que leva ao aumento progressivo dos custos de produção, sem reflexo no valor cultural dos filmes produzidos que vão se acumulando sem serem absorvidos em condições adequadas pelo mercado exibidor.

 

Ambição e fragilidade estão em destaque desde a primeira sequência de Estamos Juntos – uma sucessão de planos aéreos, retomados em versão noturna ao longo do filme, e no encerramento. Bonitas e bem filmadas, as imagens são recurso narrativo desgastado, usado à exaustão por filmes e séries televisivas na tentativa de situar histórias no contexto das megalópoles. Sobre essas primeiras imagens, falas em off esparsas, de cunho pseudofilosófico, agravam o incômodo causado pelo lugar-comum visual da abertura, sinalizando a banalidade do que está por vir.

Antes mesmo de apresentar a personagem principal – médica-residente trabalhando em hospital público –, a narrativa inclui cena de uma atividade recreativa cuja razão de ser só se tornará compreensível em retrospecto. Atento para a conveniência de ser politicamente correto, Estamos Juntos trata também do trabalho social e político promovido por um movimento de sem-teto.

 

Desconectado da linha narrativa que acompanha a médica-residente, o registro documental da tentativa de ocupação de um prédio, reprimida pela polícia, é um corpo estranho, mesmo com as aulas de sexualidade e higiene dadas para as mulheres do movimento pela médica boa samaritana. Beirando a demagogia, em que até braços erguidos e punhos cerrados têm lugar, Estamos Juntos não chega a integrar as duas histórias.

Por não levar a tragédia pessoal às últimas consequências, depois do diagnóstico de tumor cerebral que obriga a jovem médica a se afastar da residência, Estamos Juntos ameniza o drama. E instaura um viés ambíguo no andamento da narrativa, agravado pelas intervenções de um enigmático personagem, confidente e massagista, que parece dividir o apartamento com a personagem central.

Já o músico cafajeste, com quem a jovem médica estabelecerá relação tão intensa quanto improvável, é um caso clássico de miscasting para um personagem mal construído. O que faz um estrangeiro no elenco de Estamos Juntos? A resposta parece estar nos créditos, através dos quais é possível saber que o filme é uma coprodução, e que a presença de um ator argentino deve ter sido condição para viabilizar o acordo. Compromisso comercial usual, mas que prejudica o filme, dado o destaque do personagem na trama.

“Você me deixa quase constrangida” é o understatement do ano, diante da sucessão de grosserias feitas pelo músico ao assediar a médica.

 

Família Vende Tudo também fica aquém das próprias ambições. Anunciado como comédia, decepciona por não acertar o tom que declara ter pretendido alcançar. Faltam para tanto componentes essenciais – graça, leveza e afeto pelos personagens.

Sem conseguir fazer humor, Família Vende Tudo não se aproxima das comédias italianas clássicas que parece ter tomado por modelo. De gênero indefinido, trata uma família amoral com neutralidade. E, na tentativa de satirizar a cafonice musical e religiosa do interior paulista, acaba sendo apenas preconceituoso.

Caco Ciocler, em personagem declaradamente inspirado no cantor Latino, não tem requisitos para fazer comédia, o que também acontece com o restante do elenco, mesmo admitindo serem bons atores.

Tentando sustentar a comicidade com diálogos pontuados por tolices, sarcasmos e grosserias, Família Vende Tudo perde o rumo. Até a interessante ambientação realista – percorrendo circuito que começa entre sacoleiros cruzando a fronteira com o Paraguai e passa por cidades do interior de São Paulo – acaba parecendo inadequada.

Sem que as situações requeiram, Família Vende Tudo insiste em mostrar atrizes nuas, antigo cacoete do cinema brasileiro – reminiscência dos tempos em que a nudez era transgressiva. Outro senão é o programa de auditório comandado pela apresentadora interpretada por Beatriz Segall – atriz, locação e figurantes completamente inadequados para suas funções.

Quando manifestações de criatividade e talento custam tanto a emergir, seria preciso verificar se não há algo errado com um modelo de produção que favorece o surgimento e premia filmes como Estamos Juntos e Família Vende Tudo. Ou estaremos apenas testemunhando o esgotamento de certo gênero de cinema?

Eduardo Escorel
Eduardo Escorel

Eduardo Escorel é cineasta. Dirigiu os documentários Antonio Candido, anotações finais, Imagens do Estado Novo 1937-45 e 1968 – Um ano na Vida, entre outros filmes

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