A Revista Newsletters Reportagens em áudio piauí recomenda piauí jogos
Podcasts
  • Foro de Teresina
  • ALEXANDRE
  • A Terra é redonda (mesmo)
  • Sequestro da Amarelinha
  • Maria vai com as outras
  • Luz no fim da quarentena
  • Retrato narrado
  • TOQVNQENPSSC
Vídeos
Eventos
  • Festival piauí 2025
  • piauí na Flip 2025
  • Encontros piauí 2025
  • Encontros piauí 2024
  • Festival piauí 2023
  • Encontros piauí 2023
Herald
Minha Conta
  • Meus dados
  • Artigos salvos
  • Logout
Faça seu login Assine
  • A Revista
  • Newsletters
  • Reportagens em áudio
  • piauí recomenda
  • piauí jogos
  • Podcasts
    • Foro de Teresina
    • ALEXANDRE
    • A Terra é redonda (mesmo)
    • Sequestro da Amarelinha
    • Maria vai com as outras
    • Luz no fim da quarentena
    • Retrato narrado
    • TOQVNQENPSSC
  • Vídeos
  • Eventos
    • Festival piauí 2025
    • piauí na Flip 2025
    • Encontros piauí 2025
    • Encontros piauí 2024
    • Festival piauí 2023
    • Encontros piauí 2023
  • Herald
  • Meus dados
  • Artigos salvos
  • Logout
  • Faça seu login
minha conta a revista fazer logout faça seu login assinaturas a revista
Jogos
piauí jogos

esquina

Georges Wolinski

A propósito de conveniências e incômodos

Da redação | Edição 101, Fevereiro 2015

A+ A- A

O número 55 de piauí, que chegou às bancas em abril de 2011, prometia na capa “meio século de sexo”. A origem da lasciva boa-nova era o cartunista francês Georges Wolinski, cujas tirinhas se espalhavam ao longo das 74 páginas da revista. Eram desenhos impudicos, safados, divertidos alguns ou de mau gosto outros (embora não se saiba quem arbitra essas coisas), e todos – absolutamente todos – na extremidade oposta da moral e dos bons costumes. Em 7 de janeiro de 2015, Wolinski e seus colegas começavam mais um dia de trabalho quando foram abatidos por jihadistas. Ao contrário do que diria o estribilho reconfortante, a metralhadora vencia o lápis (lápis, as fantasias regressivas costumam tirar de letra). Era uma infâmia, e, para nós, algo além disso: era a morte de um colaborador.

Nos dias que se seguiram, sob o arco amplíssimo da liberdade de expressão, milhões de pessoas saíram às ruas proclamando-se Charlie. Em meio à desorientação e ao páthos, surgiram divergências, gestos comovidos, oportunismos, homilias tépidas e uma enxurrada de debates, dos intelectualmente honestos aos rasteiros.

Diante desse quadro, seria conveniente aproveitarmos a comoção para repetir o bordão solidário do Charlie e exibir em triunfo a nossa edição 55. Seria também fraudulento. Primeiro, porque o Wolinski que havíamos publicado dava canelada nos pudicos, não nos imãs. (Basta lembrar que pêlos havia, e em abundância, só que pubianos, não faciais, como os que ornam o Profeta.) Depois, e mais relevante, porque publicar aquelas tirinhas foi um experimento levado a cabo sem plena convicção por parte de alguns de nós.

 

Duas posições se contrapunham: a de que a revista era pudica demais, sendo o caso, então, de forçar os limites da nossa caretice; e, por outro lado, a de que, em tempos de BBB e coisas tais, já não se via nem valor estético nem ousadia política em tentar chocar o proverbial burguês com obscenidades fesceninas. Desses dois juízos, ambos legítimos, prevaleceu o primeiro. Alguns leitores gostaram, outros escreveram cartas furibundas, algum petiz iniciou ali a sua aventura sexual e a vida seguiu adiante. Era pouco provável que o Wolinski pornógrafo voltasse a aparecer nas nossas páginas.

Até o dia 7 de janeiro. Não há rubor de devotas, suscetibilidades virginais ou ponderações morais e estéticas de nenhum tipo que suplantem o imperativo de homenagear um colaborador assassinado por escolher como queria exercer a sua profissão. Permanecemos divididos quanto aos desenhos, mas não quanto a isso – consenso que Wolinski sem dúvida desprezaria. Em memória dele, afora perplexidade e luto, podemos apenas oferecer as safadezas de Reinaldo Moraes [páginas 54-57] e o nosso mal-estar.

Da redação

Leia Mais

esquina

Mora na filosofia

Musa da vanguarda paulista reflete sobre a sabedoria do samba

02 dez 2025_12h55
esquina

Sede de justiça

Uma rede de mães contra a violência do Estado

02 dez 2025_12h47
esquina

Cena da ressurreição

A brasileira que ganhou o Leão de Prata da Bienal de Dança de Veneza

02 dez 2025_12h45
  • NA REVISTA
  • Edição do Mês
  • RÁDIO PIAUÍ
  • Foro de Teresina
  • Silenciadas
  • A Terra é redonda (mesmo)
  • Maria vai com as outras
  • Luz no fim da quarentena
  • Retrato narrado
  • TOQVNQENPSSC
  • DOSSIÊ
  • O complexo_SUS
  • Marco Temporal
  • má alimentação à brasileira
  • Pandora Papers
  • Arrabalde
  • Igualdades
  • Open Lux
  • Luanda Leaks
  • Debate piauí
  • Retrato Narrado – Extras
  • Implant Files
  • Anais das redes
  • Minhas casas, minha vida
  • Diz aí, mestre
  • Aqui mando eu
  • HERALD
  • QUESTÕES CINEMATOGRÁFICAS
  • EVENTOS
  • AGÊNCIA LUPA
  • EXPEDIENTE
  • QUEM FAZ
  • MANUAL DE REDAÇÃO
  • CÓDIGO DE CONDUTA
  • TERMOS DE USO
  • POLÍTICA DE PRIVACIDADE
  • In English

    En Español
  • Login
  • Anuncie
  • Fale conosco
  • Assine
Siga-nos

WhatsApp – SAC: [11] 3584 9200
Renovação: 0800 775 2112
Segunda a sexta, 9h às 17h30