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    CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2024

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Mãe, o que é isso?

As estudantes gaúchas que combatem a pobreza menstrual

Érica Wallauer Alves | Edição 220, Janeiro 2025

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Com apenas 12 anos, Mariah Charão fala com desenvoltura de um tema que já foi tabu. “Crianças menstruam e continuam sendo crianças”, diz a estudante do sétimo ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Saint Hilaire, no bairro de Lomba do Pinheiro, na periferia de Porto Alegre. “Elas não viram ‘mocinhas’.”

Mariah Charão não descobriu isso ouvindo apenas os professores. Ela faz parte de um grupo que se organizou na escola para promover leituras, contar histórias e realizar outras atividades sobre saúde menstrual. Estudando e discutindo o assunto, meninas e meninos aprenderam que o antiquado termo “mocinha” sugere uma maturidade sexual que não surge magicamente com a primeira menstruação – e que essa noção equivocada pode abrir a porta para o abuso e a violência. O grupo adotou o nome Garotas de Vermelho.

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Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz

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