minha conta a revista fazer logout faça seu login assinaturas a revista
piauí jogos

    A invasão do Iraque pelos americanos e a ação do Estado israelense contribuíram para a deterioração da situação no Oriente Médio, mas o jihadismo não surgiu dos erros dos "ocidentais". Há urgência em combater esse inimigo, e ele não será derrotado no plano territorial senão por meios militares FOTO: KENZO TRIBOUILLARD_AFP_GETTY IMAGES

carta de Paris

Massacre no canal Saint-Martin

O fundamentalismo do Estado Islâmico é uma forma de totalitarismo – semelhante, sob muitos aspectos, ao nazismo e ao stalinismo

Ruy Fausto | Edição 111, Dezembro 2015

A+ A- A

Vou almoçar fora no domingo, dia 15 de novembro. Na região do Mercado Saint-Germain, não longe do Quartier Latin, há bons pequenos restaurantes, que costumo frequentar no fim de semana. Entro no melhor deles e noto que não há mais do que duas mesas ocupadas. Coisa anormal num domingo. Peço uma mesa (em Paris, nunca se vai sentando num restaurante). Para minha surpresa, o garçom avisa que estão fechando. Saio, vejo que há mais restaurantes fechados. Afinal, encontro um aberto. Sou o único cliente.

Há muito pouca gente na rua. Mas, como sempre nessas ocasiões, os franceses ficam mais conviviais. Fala-se muito entre desconhecidos. A distância entre a sociabilidade fria do parisiense e a nossa, muito mais quente, diminui. Foi o que ocorreu em janeiro. Mas, em relação aos massacres do início do ano, hoje o medo é maior. Depois do que aconteceu no Charlie Hebdo e no hipermercado kosher, temia-se, claro, alguma nova ação. O que não impediu uma manifestação de mais de 1 milhão de parisienses. Estive lá. Agora é diferente. Todo mundo parece temer algum novo atentado.

Já é assinante? Clique aqui Só para assinantes piauí

Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz

ASSINE