CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2024
Milonga sertaneja
Rufo Herrera, o mais mineiro dos bandoneonistas argentinos
Leandro Aguiar | Edição 209, Fevereiro 2024
Raras são as manhãs em que o músico e compositor Rufo Herrera, de 90 anos, não vai à Fundação de Educação Artística, em Belo Horizonte, com seu bandoneon. O “instrumento infernal”, como a ele se referia Astor Piazzolla, arruína-se quando é posto de lado. E, se uma de suas 2,8 mil peças avaria, “o transtorno é grande”, diz Rufo.
Além disso, não é possível afiná-lo no Brasil. “Tem de ir num luthier em Buenos Aires, o que é caro. E ainda é preciso esperar numa fila para testar a afinação que demora muitíssimo. O melhor é fazê-lo soar todos os dias”, explica o músico, orgulhoso proprietário de um Doble A Premier fabricado na Alemanha em 1936 que está para o bandoneon como o Stradivarius para o violino.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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