Antonio Prata é um cronista sujeito a perigos e tentações. Tentaram castrá-lo a dentadas. Foi abalroado na rua. Derrubaram a vila onde morava. A tevê está de olho nele. Seu romance encalacrou. Acharam que pisou na bola. Foi às passeatas e não entendeu nada. Mas segue escrevendo FOTO: EGBERTO NOGUEIRA_2013_IMA FOTOGALERIA
No epicentro da barafunda
Os cronistas entre a medida do homem ao rés do chão e a desmedida industrial da televisão
Mario Sergio Conti | Edição 82, Julho 2013
Antonio Candido salvou Antonio Prata de ser castrado a dentadas. Os dois Antonios moravam numa mesma vila de casas geminadas no Itaim Bibi, o bairro paulistano. Candido, o crítico literário, olhava o vizinho Prata conversar com sua neta. E se alarmou quando ela avisou ao amigo que ia tirar-lhe a calça e morder seu pinto. O professor interveio e impediu o pior. Sua neta tinha 5 anos; Prata, 4.
Noutra ocasião, o pequeno Antonio foi abalroado por um carro na vila. A ensaísta Gilda de Mello e Souza, que foi casada com o grande Antonio por mais de sessenta anos, saiu de casa correndo para acudi-lo.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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