CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2025
O avô nazista
Um filme sobre um antepassado incômodo
Luiz Antônio Araujo | Edição 227, Agosto 2025
Em silêncio, Felipe Kannenberg contempla um dos cenários do filme que está produzindo: a igreja quase bicentenária da comunidade luterana de Hamburgo Velho, bairro da cidade gaúcha de Novo Hamburgo. Ali, tudo lhe é familiar, dos vitrais e cânticos aos rostos de parentes e amigos que frequentam o templo (e que o chamam de Fipi). Filho e neto de pastores, ele se acostumou à atmosfera da igreja como um prolongamento de seu universo íntimo.
Depois de trabalhar em 41 filmes como ator e em dois como codiretor, Kannenberg decidiu filmar a história de seu avô, o pastor Wilhelm Pommer (1905-1987), que foi ligado ao Partido Nazista no Brasil. Orçado em cerca de 7 milhões de reais, o filme está em fase de pré-produção e chama-se, por enquanto, Mein Opa – o prisioneiro nº 24 da cela 6 (mein Opa pode ser traduzido como “meu vovô”).
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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