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O <i>criptoboy</i>

    Dante Felipini: ele foi útil até ao Hezbollah, mas não com uma arma em punho, e sim diante de um computador e de um celular, pondo todo o seu conhecimento a serviço da organização CRÉDITO: REPRODUÇÃO

hardware da contravenção

O criptoboy

Como um jovem paulistano lavou bilhões de reais do crime organizado com moedas virtuais

Allan de Abreu | Edição 228, Setembro 2025

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Desde muito jovem, o paulistano Dante Felipini revelou-se um prodígio no mundo digital. Aos 13 anos, já participava de grupos de programadores na extinta rede social Orkut e dominava as linguagens de programação que permitiam criar páginas da internet. Indo mais fundo em seus conhecimentos, aos 17 anos ele mergulhou na deep web, onde deparou com a primeira das criptomoedas, o bitcoin. Era todo um território fascinante que a tecnologia abria para a sua imaginação, mas o rapaz preferiu seguir por outro caminho quando foi escolher um curso superior. Em 2013, aos 19 anos, matriculou-se em direito na Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo. Felipini se sentiu motivado a seguir a carreira jurídica depois de acompanhar o trabalho do ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal, como relator em um julgamento que estava no auge: o do escândalo do mensalão.

Na faculdade, o estudante não se mostrou muito aplicado e, com frequência, costumava cabular aulas para fumar com amigos na rua em frente à escola, no bairro de Higienópolis. Apesar disso, sempre obteve boas notas e chegou sem sobressaltos até o último ano da graduação. Em seu trabalho de conclusão de curso (TCC), em 2017, ele uniu o gosto pela tecnologia com os conhecimentos recém-adquiridos do direito penal e analisou os aspectos técnicos e jurídicos da lavagem de dinheiro por meio de criptomoedas. O trabalho levou nota 10, mas Felipini acabou reprovado por não ter cumprido a carga horária mínima em atividades de pesquisa.

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