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    “Onde está a democracia?”, diz cartaz em protesto na França contra a nomeação do premiê Michel Barnier, em setembro: o desligamento do voto dos motivos que o criaram e sua transformação em um fim em si mesmo ajudam a explicar a crise atual CRÉDITO: MANON CRUZ_REUTERS_2024

questões eleitorais

O enigma do voto

É hora de pensar a democracia para além da forma tradicional de representação

Miguel Lago | Edição 220, Janeiro 2025

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O ano de 2024 foi marcado por eleições importantes no mundo inteiro. Em muitos países ocidentais, governantes em exercício perderam nas urnas, no que parece ter sido uma onda de punição aos incumbentes. No Brasil, inclusive, a questão central a respeito das últimas eleições parece ser uma só: “Por que a esquerda está perdendo e a direita está vencendo?”

A indagação é compreensível. Desde 2023, importantes governos de esquerda ou de centro tiveram que ceder o poder à oposição. Foi assim na Argentina, em Portugal, nos Estados Unidos e, mais recentemente, na Alemanha – a coalizão de esquerda e centro, depois de alguns anos de atuação discreta, surpreendeu pela queda precoce. No Reino Unido, os trabalhistas venceram os conservadores, mas o voto para a esquerda foi menor do que em 2019. Na França, apesar da vitória parcial da esquerda nas eleições legislativas convocadas por Emmanuel Macron, o presidente se recusou a nomear um primeiro-ministro desse campo político: optou por uma aliança com a direita, nomeando primeiro um conservador e, depois, um centrista.

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