CRÉDITO: ANDRÉS SANDOVAL_2023
O frisson de baderna
A redescoberta da bailarina eternizada no dicionário
Plínio Lopes | Edição 203, Agosto 2023
Uma provocação de seu marido, que andava pesquisando a própria história familiar, incentivou a dona de casa Marilia Giannini Rydlewski a traçar sua árvore genealógica. Paulo Roberto Rydlewski havia dito que ela dificilmente encontraria entre seus antepassados alguém interessante. Marilia aceitou o desafio e em 2006, aos 64 anos, iniciou uma pesquisa cujo ponto de partida foi seu trisavô paterno, Gioacchino Giannini. Logo descobriu que ele foi maestro em vários teatros no Rio de Janeiro e professor de Carlos Gomes. “Tenho um trisavô italiano que se naturalizou brasileiro. Mas quem é a minha trisavó?”, se perguntou Marilia, que vive em Curitiba.
Apesar de não ter experiência com a internet, ela aprendeu a usar o site da Hemeroteca Digital, mantido pela Biblioteca Nacional, para acessar jornais antigos. Neles, notou que um nome sempre acompanhava as menções a Giannini: o da bailarina Marietta Baderna. “Onde ele ia tocar, ela também estava”, conta. “Eu falei: ‘Tem uma coisa dentro de mim que diz que ela é a minha trisavó.’”
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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