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A batalha de Abagge para provar que é inocente na morte do menino Evandro

    O emaranhado: revelações contidas nas novas fitas cassete levaram o governo do Paraná a emitir um pedido de desculpas a Beatriz Abagge pelas “sevícias indesculpáveis cometidas no passado” CRÉDITO: BETO NEJME_2023

anais do crime

A batalha de Abagge para provar que é inocente na morte do menino Evandro

Rotulada de “bruxa”, a condenada pelo assassinato busca até hoje mostrar que não cometeu o crime em 1992

Felippe Aníbal | Edição 203, Agosto 2023

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Na manhã de 16 de março passado, assim que chegou ao Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Guaratuba, no litoral do Paraná, a terapeuta ocupacional Beatriz Cordeiro Abagge ouviu de um colega: “Vai dar tudo certo.” Ela balançou a cabeça e respondeu: “Não. Infelizmente, não vai.”

Os dois falavam sobre um pedido de revisão criminal ajuizado pela defesa de Beatriz, que seria julgado naquele mesmo dia. Ela acreditava que os desembargadores dificilmente reverteriam a decisão que a condenou a 21 anos e 4 meses de prisão, acusada de participar de um homicídio que chocou o Brasil em 1992: o do menino Evandro Ramos Caetano, de 6 anos. Beatriz – que está em liberdade desde 25 de abril de 1998 –, foi indultada, não tem nenhuma pena a cumprir, mas resolveu fazer o pedido de revisão por uma “questão de honra”. Ela quer ser reconhecida como inocente desse crime, chamado na época de Caso das Bruxas de Guaratuba e até hoje considerado um dos mais controversos da história do país.

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