Haddad, na sede do Ministério da Fazenda, em São Paulo: ninguém sabia que Campos Neto tinha se envolvido até com pesquisas eleitorais para orientar a campanha de reeleição de Bolsonaro CRÉDITO: BOB WOLFENSON_2023
Fernando Haddad, a ascensão
Sete meses após assumir o cargo, ministro da Fazenda criou pontes com o Congresso, é elogiado pelo mercado financeiro e assiste à melhora dos indicadores econômicos
Ana Clara Costa | Edição 203, Agosto 2023
O deputado Arthur Lira e o senador Rodrigo Pacheco, duas figuras proeminentes da República que presidem suas respectivas casas do Congresso, estavam se estranhando nos idos de maio em razão de uma disputa de poder sobre a tramitação de medidas provisórias. O azedume era tanto que preocupou o empresariado, temoroso de que a briga atrapalhasse projetos relevantes, como a nova regra fiscal e a reforma tributária, ambos patrocinados pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
João Camargo, fundador da Esfera Brasil e presidente da CNN Brasil, convidou Pacheco para um jantar em sua casa. Na noite de 22 de maio, com a presença de expoentes do empresariado paulista, Camargo expôs sua preocupação de que a contenda com Arthur Lira, o líder do Centrão, frustrasse os planos de Haddad. Convenceu Pacheco a encontrar-se com Lira para selar um armistício. “Não precisa ser amigo dele. Mas vamos montar uma agenda mínima e tentar avançar na pauta econômica”, disse.
Reportagens apuradas com tempo largo e escritas com zelo para quem gosta de ler: piauí, dona do próprio nariz
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